terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

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Plantas que curam

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Organização de Marilu F. Queiróz
VARAL DO BRASIL
Oficina criativa: Plantas que curam
  • Ana Rosa Santana

Plantas medicinais sempre tiveram um papel muito importante na minha vida, sem elas e seu incrível poder curativo, eu nem estaria aqui. Minha mãe foi desenganada pelos médicos aos 11 anos devido ao agravamento de uma hepatite; minha avó em desespero tentou de tudo e realmente nada surtiu efeito, até que uma amiga recomendou que ela fizesse chá e banhos de folhas de palmeira para a minha (futura) mãe por três dias e deu mesmo certo, a menina que quase nem abria mais os olhos ficou curada como por milagre, para a alegria da família e assombro dos médicos.
Desde esse caso sempre usamos plantas medicinais como auxílio ao tratamento médico convencional e eu em particular utilizo muito os óleos essenciais – que eu mesma preparo com maceração – para misturar em cremes, fazer massagens, embelezar a pele e os cabelos, combater resfriado, e purificar os ambientes.
Hoje, mais do que nunca, temos que nos voltar para a natureza, pois, a melhora na qualidade de vida está ao alcance de nossas mãos graças a rica flora que possuímos, só precisamos conhecer, preservar e utilizar com responsabilidade.

  • Isabel Vargas

Não tenho quase conhecimento com relação as ervas, mas recordo que minha avó fazia balas de guaco, com mel a fim de curar a tosse. Era expectorante. Minhas crianças tomavam chá de funcho quando tinham cólicas. As dores abdominais eram aliviadas, nos adultos com chá de hortelã, mas lembro que não devíamos ingerir demais, com frequência, devido ao que diziam os antigos , deixar o intestino ressecado, pois fazia expelir a gordura em excesso. Quanto ao vaso das sete ervas mencionado por Norália, tive muitos anos na entrada do apartamento, mas a orientação era contra o “mau olhado”, inveja ou coisas do gênero. Outra lembrança que tenho era de minha mãe embeber um lenço de seda no álcool e amarrar em nossa garganta, minha e de meus irmãos, quando tossíamos muito durante a noite. Outra coisa, que creio ser simpatia era colocar em uma colher de sobremesa uma porção de açúcar e ali pingar três gotinhas de álcool. Também a fim de aliviar a tosse. Funcionava também. Coisas de mãe e avó.
  • Jacqueline Bulos Aisenman

Numa época difícil em nossa vida, quando eu ainda estava na infância, lembro que minha mãe teve um problema muito grande e acabou perdendo todo o cabelo! Foi uma catástrofe. Recordo vagamente dela usando lenços, os mais variados e coloridos, para disfarçar a situação que para ela era tão delicada. E foi passando babosa na cabeça várias vezes por dia que ela foi aos poucos recuperando toda sua bela e vasta cabeleira negra. Muita babosa, diretamente do pé, esfregada no couro cabeludo. Para os que talvez não saibam o que é babosa, busquei uma definição na internet: A babosa é uma planta medicinal, também conhecida como Aloe vera, Caraguatá, Erva babosa, Babosa de botica ou Babosa de jardim, que pode ser utilizada em tratamentos de beleza em forma de gel, mas também em problemas de saúde, como infecções.
- O seu nome científico é Aloe vera
e pode ser comprada em lojas de produtos
naturais, farmácias de manipulação e algumas
feiras livres e mercados.

  • Jacqueline Bulos Aisenman

Gosto de usar alcachofra para problemas de fígado. Tanto comer naturalmente, apenas cozidas, quanto em cápsulas. A alcachofra é uma maravilha para aliviar o fígado carregado e também para não deixar a pressão muito alta. Definição da internet: A alcachofra é uma planta medicinal, também conhecida como Cachofra, Alcachofra-hortense ou Alcachofra comum, muito utilizada para emagrecer ou para complementar tratamentos, tais como: baixar o colesterol, combater a anemia, regular os níveis de açúcar no sangue e combater os gases, por exemplo.

- O seu nome científico é Cynara scolymus
e pode ser comprada em lojas de produtos
naturais, farmácias de manipulação, feiras
livres e alguns mercados.

  • Jacqueline Bulos Aisenman

Uma vez tive um problema sério nos rins, uma infecção daquelas! A dor, eu nunca esqueci. Uma das mais fortes que senti. Fui tratada, mais do que com antibióticos, com duas plantas com as quais minha mãe fazia o chá e me dava pra beber: pata de vaca e quebra pedra. Vai aqui uma explicaçãozinha via internet das duas plantas: Pata de vaca – A pata-de-vaca é uma planta medicinal, também conhecida como mão de vaca, pata ou unha de boi, muito utilizada para complementar o tratamento medicamentoso da diabetes.
A pata-de-vaca é uma árvore brasileira com um tronco espinhoso que produz flores grandes e exóticas, geralmente brancas. O seu nome científico é Bauhinia forficata e as suas folhas podem ser compradas em lojas de produtos naturais e em algumas farmácias de manipulação.
Quebra-pedra – A Quebra pedra é uma planta medicinal, também conhecida como Pimpinela branca, Saxífraga, Arranca-pedras, Quebra-panela, Conami ou Fura-parede, muito utilizada no tratamento de pedra nos rins.

- O seu nome cientifico é Phyllanthus niruri
e pode ser comprada em lojas de produtos
naturais, farmácias de manipulação
e em algumas feiras livres.

  • Ly Sabas

Em minha infância nunca tive as chamadas “doenças infantis”. Minha mãe contava que se alguém estivesse doente, ao contrário do recomendado, colocava todas as crianças juntas para se descabelar de uma tacada só. Eu saía sempre ilesa, isso até uns 6 anos. Aí aconteceu um surto de “alastrim” em nosso bairro (assim chamaram na época, não sei se depois deram outro nome). Ao contrário das outras vezes, só eu fiquei doente e era tão sério que minha mãe resolveu me isolar. Minha mãe sempre usava o seu lado bruxa e quando nos levava ao médico já tínhamos tomado tudo o que era chá das ervas de nosso quintal. E ele sempre perguntava: “o que a senhora já deu? ”. Dessa vez a bruxa fui eu. Contava mamãe que em meio ao delírio da febre fortíssima, sentei na cama e disse : ”— Me dê banho e chá de melão de São Caetano”. E fiquei repetindo o mantra enquanto ela botava todos à correr pelos matos da vizinhança. A febre cedeu e ela contou ao médico e a todas as mães aflitas como tinha resolvido. Só que, quando passava a febre vinham as bolhas, mas horrorosas e inclementes que catapora. Nua na cama, e vigiada por todos os adultos para que não me coçasse, servi mais uma vez de cobaia para as intuições de mamãe, que passou a me banhar com permanganato até eu quase virar uma menina azul. Mas em três dias, todas as bolhas tinham secado e eu não tinha uma só marca pelo corpo. E lá foi o médico de casa em casa mandando todo mundo ser banhado com o pozinho roxo. Bem, a partir daí minha mãe aprendeu tudo sobre a planta, que eu antes não conhecia, e passou a utilizá-la.

- Melão de São Caetano é originário da África
e todas as partes da planta se aproveita.
Serve para inflamações hepáticas, diabetes,
cólicas, problemas de pele, queimaduras
e muito mais. Agora, as contra indicações
também são muitas, incluindo ser abortivo.
  • Marilu R F Queiroz

Quando criança tive o privilégio de morar numa casa cujo quintal era grande e repleto de árvores frutíferas e uma horta onde papai plantava diversos tipos de verduras e legumes, além de ervas e temperos. Com essa vida super saudável, quase não ficávamos doentes.
Minha mãe em caso de resfriado, dor de barriga ou qualquer outra ocorrência utilizava as ervas do quintal. Me lembro bem que para resfriado ela fazia uma infusão com a mistura de água, fatias de limão, gengibre e hortelã. Sem cara feia tomávamos esse chá, que segundo ela curava qualquer resfriado ou mesmo algum mal estar que por ventura aparecesse. Medicamento natural é tudo de bom, além de saudável, tem um gostinho muito agradável.

  • Marina Marina

Capim Santo – erva cidreira é uma erva abundante, bem conhecida. A minha experiência é a seguinte: Durante muitos anos frequentei um salão de beleza em Salvador (Salão da Bete) no bairro Boca do Rio. Além do profissionalismo das profissionais, o que marcou para mim foi a experiência com o chá de erva cidreira, sempre disponível para os clientes. O salão ficava perfumado, dava uma sensação muito gostosa. Agora que eu tenho ervas no quintal, quando vem uma visita gosto de preparar algum chá justamente para que o ambiente fique perfumado. Isto vale para outros chás, como hortelã, etc. Que delícia lembrar do perfume de chás.

  • Marina Marina

Mastruz com leite. É só machucar umas folhinhas, espremer em um paninho limpo, misturar com leite quente e pronto. Ótimo em tempos de gripe. Uma lavadeira baiana contou para mim e eu aprovei. Mudei o jeito de fazer, bato no liquidificador, mais simples. Oferecia para meus filhos quando eram pequenos. Eu aproveitava e bebia também, que delícia.

  • Marli De Almeida Ramires

Suco de couve para dor de estômago – quando eu era jovenzinha, as atribulações das novas responsabilidades de trabalho e estudo me tomavam o dia inteiro. E a alimentação foi ficando precária e talvez os nervos também tenham ajudado. A questão é que uma gastrite muitíssimo dolorida me atacou e eu me deitava meio corpo no tapete e meio corpo num puf do chão do quarto. Minha mãezinha querida, já infelizmente falecida, corria ao supermercado comprar couve fresca e depois fazia um suco com água. Era tirar a dor com a mão. Foi assim que o suco de couve foi me curando. Nunca vou me esquecer do poder dessas folhas maravilhosas. A dor é sofrimento opcional!

  • Neyde Bohon

Vaso das 7 Ervas – De todos os vasos este mamãe mantinha num cantinho especial da varanda de casa, qual era cuidado com muita atenção; As ervas eram as seguintes: Arruda- Comigo ninguém pode- Espada de São Jorge – Pimenteira – Manjericão – Alecrim – Guiné. Prepare um vaso grande ou uma jardineira com espaço suficiente para as plantas. Forre o fundo com cascalhos ou cacos de telhas. Para drenagem coloque um pouco de areia. A parte prepare a terra comum com areia,humo de minhoca e misture tudo. Coloque esta terra até a metade do vaso, distribua as mudas e complete o vaso com o restante da terra, Regar até a água escoar. Coloque o vaso num local onde o sol não seja direto,mas que receba luz. O solo deve permanecer úmido, não encharcado, cada dois meses usar adubo, humos de minhoca.

  • Norália Castro

ALERGIA – Ir visitar a casa do Vovô, numa cidadezinha próxima da Capital, era uma felicidade para todos nós, menos para um irmão que sofria enormemente com essas visitas, desde que passou a vir de lá com os olhos inchados, tão inchados que não podia abri-los. Olhos inchados, apelido ganho da criançada, davam a ele um sofrimento.
Lá chegando, era zombaria geral: chegou o Japonês, chegou o japona, ou ainda o Japa ou pona, gritava a criançada local. Meu irmão se encolhia e a zombaria continuava. Continuou até que uma benzedeira ensinou a minha mãe, benzer com alecrim, as mazelas de meu irmão.
De noite, com todos nas camas, prontos para dormir, vinha Mamãe com seus galhos de alecrim, rezando o Pai Nosso, fazendo cruzes sobre o corpo do filho alérgico. Orava contritamente. Depois pegava um galho e deixava numa jarra com água, ao lado da cama. Punha também um galhinho debaixo do travesseiro.
De manhã, logo após a primeira reza, o inchaço dos olhos de meu irmão, não apareceu… Assim, entre rezas e o cheiroso alecrim- cheiro forte, meu irmão não teve mais olhos inchados…. foram curados devidamente… Só não pode ter curado o apelido ganho: a criançada até a idade adulta, o chamava de Japa, Japonês, Japona, o mais usado.
Passados anos, numa cerimônia profissional, um amigo chegou e me disse:
- Como está chique o “nosso” ministro… muito chique o ministro japona…
Dei gargalhadas. O apelido ali ainda estava: “ministro japona”

Nota: O chá de alecrim é reconhecidamente aceito como planta da alegria, por sua propriedade de calmante, atuando sobre depressões. Suas propriedades terapêuticas são várias… No caso contado, não foi usado o chá, mas parece-me que no manuseio de galhos de alecrim, provocando cheiro forte por todo o quarto, seu poder de cura funcionou, levando alívio a uma alergia braba.

Algumas definições de plantas que aqui se encontram tiveram como fonte o site http://www.tuasaude.com/


http://varaldobrasil.ch/grupo-do-varal/plantas-que-curam/

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