terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

TEXTO 29/2016/ PROSA: CARNAVAL

Quando era pequena quem me levava a bailes de carnaval infantil eram meus padrinhos. Como eles só tinham filhos homens eu era a menina que eles não tiveram e me amavam muito. A casa deles era bem no centro da cidade e na rua onde ocorria o carnaval que naquela época era ingênuo, saudável e divertido, Começava à tarde e se estendia até a madrugada com as escolas de samba passando assim como os blocos.
Eu ficava na casa deles e quando o sono chegava ia dormir tendo visto o máximo que pudesse aguentar.
Quando cresci ia aos bailes nos clubes sociais com meus pais e foi em um desses bailes em 1971 que conheci meu marido. Repetimos tudo que foi feito pelos meus pais e padrinhos levando nossos filhos para os bailes infantis desde pequenos. Não contentes com isso ainda levamos nossa primeira neta, hoje com dezesseis anos e já entrando na universidade, para os bailes de carnaval, isso porque nossa filha, mãe dela é uma apaixonada por Carnaval. O nosso amor de carnaval se estendeu por quarenta e um anos, mesmo que muitos digam que amor de Carnaval é passageiro.

Depois que meu marido faleceu essa tarefa ficou exclusivamente com os pais e mesmo que minhas filhas e genros convidem, prefiro ficar em casa.

                             Isabel C S Vargas
                                            03.02.2016

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