terça-feira, 25 de agosto de 2015

REVISTA CEN /AGOSTO 2O15



 

Isabel C S Vargas
PELOTAS/RS/BRASIL

Um templo da floresta perto de nós

Local intocado, virgem
Quase um santuário natural
Sem a ação depredadora do homem.
Um milagre nos tempos atuais.

Qualquer riacho em meio à população
É poluído, contaminado, proibido,
Devido à ação das concentrações urbanas
Sem responsabilidade com a natureza e a vida.

Mas este que se apresentou a nossos olhos
Deslumbrados com tanta beleza intocada
Parecia uma visão sagrada esquecida
Pelos homens afoitos e irresponsáveis.

Incrédulos ao ver tanta beleza
Todos os visitantes iam explorando
Com ávido olhar de curiosidade e respeito
A paisagem que se descortinava.

Riacho com águas claras, límpidas
Peixes de todos os tipos e cores,
O som das águas das cachoeiras
Tornavam o ambiente calmo,

Frondosas árvores, flores em abundância
Sequóias centenárias, figueiras com seus imensos galhos
E generosas sombras a acolher as pessoas.
Fazia-nos sentir em um ambiente quase sobrenatural.

Observando as belezas naturais
Respirando um ar tão puro
Era inacreditável estar próximo
De uma cidade com indústrias.

Todos os visitantes após desvendarem
O que foi possível de tão lindo local
Reuniram-se em torno de uma sequóia
E emocionados entoaram uma canção.

Cada um fez um pronunciamento espontâneo
Comprometendo-se a cuidar de locais
Com tanta beleza e riqueza natural
E assim promover a natureza.

Louvável atitude que deveria ser seguida
Por todas as pessoas que desejam salvar
 A natureza, o planeta para as gerações futuras
Que merecem um mundo melhor e seres melhores.
 

A importância dos jardins para a humanidade 


   Isabel C S Vargas

"No começo Deus criou um jardim. Éden era o seu nome. Segundo a tradição ele se situava na Mesopotâmia, provavelmente ao norte, e possuía um pomar e outras plantas que desenvolviam sem irrigação. Antes da sua queda, o Éden era um lugar de paz e de prazer, de fecundidade e de fragrâncias, com os encantamentos da música, do riso e da alegria. Depois dos primeiros reinados assírios, tornou-se um lugar recreativo, um paraíso mítico". (Gabrielle Van Zuylen).      
                                Jardins são expressões de humanidade. Indicam zelo, cuidado com a natureza, com o ser humano e com a qualidade de suas relações. A humanidade cultiva jardins desde a época das grandes civilizações da antiguidade, prova disto é que chegou até nós, através do estudo da história, menção sobre os jardins suspensos da Babilônia que eram dispostos arquitetonicamente em terraços elevados e irrigados por canais oriundos do rio Eufrates.
Nas residências atuais expressam cuidados que as famílias têm em embelezar seus espaços particulares e como forma de manter as crianças da família em contato com as coisas simples da terra, mesmo que seja em modestos canteiros, proporcionando-lhes noções básicas sobre a ciência, como época de plantar, a importância do cuidado com a natureza e as espécies para a preservação da qualidade de vida e até mesmo da própria humanidade. A nossa casa é nossa responsabilidade. O planeta é nossa casa. Ensinar responsabilidades e civilidade é função da família. Não arrancar aleatoriamente flores de um jardim, de uma praça é passar cidadania, respeito e educação. Na escola ao ensinar as crianças a plantar é ensinar sobrevivência e a importância das profissões e, sobretudo, ensinar a beleza da simplicidade, e como podemos embelezar um local com a singeleza de uma flor e muitas vezes com a sua exuberância intrínseca, natural, que nada mais é do que materialização da expressão divina.
Grandes amores, romances tiveram jardins como pano de fundo, cenário encantado onde é possível verificar a beleza da diversidade da flora, assim como a fauna encantadora que é atraída pelas belezas dos jardins, Pequenos seres como os beija-flores são visitantes de honra nos jardins, borboletas das mais variadas cores, que são em si mesmas a mais pura expressão da transmutação da vida, ensinando-nos que é preciso se transformar de algo primitivo em expressão de beleza e arte, através da aparência como em seu caso ou da elevação espiritual como no caso do ser humano.
Jardins privativos ou praças que são jardins comunitários mostram a preocupação individual ou do poder público com a coletividade oferecendo à comunidade gratuitamente espaços de beleza e convivência humana gratuita e que uma vez instalada é obrigação de todos preservarem.

  




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