segunda-feira, 3 de agosto de 2015

TEXTO 2O5/2O15/ A MENINA, A FONTE E O AMOR


      

Cloé é uma jovem de dezesseis anos que vivia no campo com sua família.

Bela, ingênua e sonhadora que se dedicava além do aprendizado escolar habitual,

à música, à dança e nas horas de folga a passeios nos arredores da região, acompanhada de seus cães de estimação.

Esta era sua rotina até que em determinada ocasião encontrou em um de seus passeios um belo jovem a cavalo que nunca vira antes. Não sabia se se tratava de alguém de fora ou alguém da região que nunca vira.

 Era moreno, pele clara, olhos castanhos e montava um cavalo muito bem tratado de raça Crioula. Seu coração deu pulos quando seus olhos encontraram-se com os dele que fez um aceno de cabeça e freou seu cavalo com a clara intenção de com ela conversar, ao que ela não correspondeu, tal a surpresa que a tomou ao encontrá-lo e pressentir que ele iria dela se aproximar.

        Tocou o seu cavalo com o pé e voltou apressada para a sua casa. Uma bela vivenda com ampla varanda com flores, alpendre com bancos confortáveis e mesas onde serviam o lanche da tarde.

        Desceu do cavalo, mas não entrou em casa de imediato. Correu para o lado esquerdo do jardim onde havia uma linda fonte com um cupido sorridente a apontar sua flecha certeira para alguém.

          Nunca soubera muito, devido a sua tenra idade a respeito de fortes sentimentos e emoções relacionadas ao amor. Sabia sobre alegria e zanga que era o mais comum entre as crianças. Desde que ficara mocinha, seus sentimentos se misturavam entre dúvida e medo. Não sabia se um dia se apaixonaria por alguém ou se não conheceria esse sentimento e ficaria sozinha, pois morava em um local tão distante da sociedade, de festas, das coisas que faziam os jovens se encontrarem.

             Acercou-se da pequena fonte e sem se aperceber sorria e fitava o sorridente cupido que parecia desta vez, sorrir para ela.

             Entendeu que desta vez a flecha do menino sapeca havia acertado nela. Seu peito arfava, seus lábios sorriam e ela não entendia o motivo, só que o encontro com o moço havia tocado seu coração e ela sentia como se fosse o encontro mais importante de sua vida até aquele momento.

             Internamente, se questionava sobre como seria daquele momento em diante. Queria vê-lo, novamente. Sentia que tinha que fazer algo.

             Então, como se fizesse uma prece pediu ao cupido e àquele deus que ela nem sabia quem era, para ajudá-la a encontrar o seu príncipe.

 

                                       Isabel C S Vargas

                                        Pelotas/RS/Brasil

                                            O3.O8.2O15

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