sexta-feira, 28 de agosto de 2015

CIRANDA JUSTO ANSEIO

 




 
 
 
 
PARTICIPANTES
1- Eugénio de Sá
2- Clara da Costa
3- Nelson Carvalho
4- Malubarni
5- Isabel C S Vargas
6- José Hilton Rosa
7- Márcia da Costa Larangeira
8- Theca Angel
9- Sonia Nogueira
10- Humberto Rodrigues Neto
11- Ciducha
12- Carolina Ramos
13- Osmarosman Aedo –2.000 e (ainda) Nós
14- Eline Santos
15- Hamilton Brito
16- Vitória Lynn
17- Paulo Silveira de Ávila
18- João Coelho dos Santos
19- Maria de Fátima Delfina de Moraes
20- Gina Maia
21- Maria Olga de Oliveira Lima
22- Fernando Alberto Salinas Couto
23- Cássia Vicente
24- JAS
25- Zenaide Giovinazzo
26- Rita Rocha
27- ZzCouto
28- Fernando Aberto Salinas Couto
29- Maria José Zovico
30- Sueli do Espírito Santo

 
 
Justo Anseio
Eugénio de Sá

Fado ominoso o meu, triste penar
O que sonhei pra nós, é letra morta!
Sou como vento a tumultuar-te a porta;
Nada mais que um ruído, a ignorar!

Fechada a boca à fala que não sai,
Cerrado o coração à dura pena,
Alma assim reduzida é mais pequena
C’o afundado punho em que se esvai.

Sou qual um livro que as folhas rasgaste,
Atirado na estante e lá esquecido
Um mal menor que sempre desprezaste.

Malgrado, anseio por ser ressarcido
Volvido à vida que tu me negaste
Que me permita amar o que é merecido!
 
 
Justo Anseio
Clara da Costa

Como a saudade precisa do poema,
necessito teu olhar acolhedor,
que no meu viver é o tema
e a trilha sonora do meu amor.

Minh'alma fica a voar,
em doses de loucas lembranças, no instante
sorvidas à cada taça, a retratar
teu sorriso emoldurado na estante.

Rabisco uma pequena poesia
finjo um teatro em passos cantantes,
desenho arco-íris em euforia.

Anseio descansar a alma apaixonada
banhando-me nas lágrimas do nevoeiro,
à espera do tudo ou do nada!
 
 
Anseio Justo
Nelson Carvalho

Eu não quero saber, nem tal me é dado,
Em que dia há-de a morte ser comigo;
Meio século há já que a estrada sigo,
Menos tenho de andar, que tenho andado,

Mas, se o tempo jamais me deu cuidado,
Do lugar outro tanto já não digo;
Gostava de morrer em sitio amigo,
Fitando os olhos no que tenho amado!

Minha velhinha varanda conhecida!
Quando, às vezes, me fico a pensar n’ela,
E mais uns trechos bons da minha vida,

Penso também na morte, que era bela,
Se quisesse chegar despercebida,
E deixar-me a dormir n’essa janela!
 
 
Justo Anseio
Malubarni

Tenho um justo anseio, a saudade,
Que tenho do teu olhar carinhoso,
Da tua voz que era liberdade,
Do teu beijo que era amoroso

De dia e de noite dá-me vontade
De estar em teu abraço caloroso
Tão distantes estamos em verdade
Mas unidos pelo anseio tão formoso

Um dia, talvez, quem lá sabe
Não sabendo direito onde vou
Procurarei caminho que te cabe

Saberás imediatamente onde estou
Pois não haverá vento que acabe
Com o amor que em mim despertou
 
 
Justo Anseio
Isabel C S Vargas

Triste realidade a nós se apresenta
É na cidade grande ou no interior
Nos sentimos impotentes para o mundo mudar,
Em face de tanta violência noticiada.

Assassinato, corrupção, violência
Pobreza, fome, discriminação,
Animais em extinção, planeta doente
Homens perdendo sua humanidade.

Justo anseio dos homens conscientes
Dos justos e não atingidos pelas mazelas
É uma modificação radical das pessoas
E uma melhor sociedade construir.
 
 
Justo Anseio
José Hilton Rosa

Mãe que te quero feliz
Sem dor e sem choro
Quando me enamoro
Lembro quando me diz

Longe me trouxe para bem perto
Brotou paixão nos corações
Aproximou filhos e noras nas paixões
Genro, filha e neto

Dor que suprimiu lágrimas
Todos os dias se fez mãe
Seu beijo cura edemas

Plantar o alimento, oferecer centeio
Enfeitar nossa alma, reza de mãe
Alimentar em teu seio, justo anseio
 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário