domingo, 19 de julho de 2015

TEXTO 196/2O15 /CONTO/ A LINDA FRANCESINHA DA RUA DA IGREJA




               Em uma cidade de interior com colonização portuguesa, alemã, italiana e francesa havia localidades específicas onde eles se radicaram.
             Na região de colonização francesa havia ruas tipicamente de colonização francesa. Lá viviam várias famílias que com o passar do tempo foram mantendo os hábitos e costumes de sua terra natal.
             Eram construções sólidas, algumas com altos muros, portões de madeira, jardins, alguns empregados e uma vida pacata.
             Alguns tinham grandes áreas de terra nas quais criavam gado de leite, mantinham plantações e viviam daquilo que produziam.
            Nesta região viviam alguns colonos. Entre as famílias vivia uma com filhos homens entre os quais havia um rapaz com cerca de 18 anos que algumas vezes vira Blanchet, filha de um casal de origem francesa, na missa na igrejinha principal da localidade. Sempre a admirara desde pequena, mas nunca falara com ela porque a acreditava inatingível para um rapaz filho de colonos. Este foi um dos motivos que fez com que Antônio fosse um estudante dedicado, pensando em prosperar, sem se preocupar com o fato de seus pais terem também um pequeno pedaço de terra com o que sempre se mantiveram, apesar das dificuldades ocasionais.
            Alguns anos decorreram desde que a viu. Uma simples troca de olhar na igreja que se repetiu algumas vezes que a encontrou na missa, nas festividades de Natal, na missa de Páscoa.
            Agora com dezoito anos Antônio entrara para a universidade pública para fazer veterinária e assim ter a perspectiva de poder ter um belo futuro o qual dividiria com Blanchet se ela o quisesse e esperasse por ele.
             Foi com este propósito que tomou coragem e foi bater à casa da moça para falar com ela e seus pais.
             Como seria recebido? Ela o receberia e aceitaria?
             Qual a reação de seus pais? Nada disso saberia se não tomasse coragem.
              Foi com fé e esperança que segurou a aldrava do portão e bateu forte para se anunciar.

                                       Isabel C S Vargas
                                       Pelotas/RS/Brasil

                                           19.O7.2O15

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