RECORDAÇÃO
MEXICANA (CRÔNICA)
Tenho uma amiga que adora as culturas antigas como a dos Astecas, Maias, Incas, a cultura egípcia e grega. Como ela está aposentada em uma carreira, decidiu aproveitar e viajar a fim de conhecer o que ela gosta.
Tenho uma amiga que adora as culturas antigas como a dos Astecas, Maias, Incas, a cultura egípcia e grega. Como ela está aposentada em uma carreira, decidiu aproveitar e viajar a fim de conhecer o que ela gosta.
Programou-se
e a primeira viagem que ela fez foi ao Peru. Conheceu tudo que ela desejava,
subiu em altas altitudes pois segundo ela, esperou cinquenta anos para realizar
esses sonhos. Muitos conhecimentos, muito turismo, muita satisfação. Fotos em
quantidade e lembranças para os mais chegados. Como ela mesma diz, primeiro tem
que zerar os gastos para depois pensar em um novo roteiro.
O roteiro
seguinte foi o México. Um ano e meio depois do Peru ela embarcou para lá com a
prima. Na primeira foi só em uma excursão de brasileiros. A prima motivou-se
porque viu que saiu tudo certo, sem qualquer imprevisto.
Passaram doze
dias viajando. Visitaram as cidades antigas, templos, subiram milhares de
degraus, gastaram um bom dinheiro em lembranças. Quando estava em sua casa chamou
minha atenção o presente que ela trouxera para uma amiga que é fisioterapeuta e
que faz fisioterapia nela e uma outra pessoa da família.
Quando ela mostrou
eu julguei ser uma manta, um lenço, mas achei um pouco grande até que ela explicou
que era uma peça típica do vestuário feminino mexicano na qual as mulheres
costumavam carregar os bebês junto ao corpo. Lembrara-se da amiga ao ver o
objeto por vários motivos. Ela costuma ir no domicílio das clientes, não tem
carro e muitas vezes, dias ventosos, com chuvisco ela vai de bicicleta para ir
mais rápido, economizar tempo até porque nem sempre o ônibus passa próximo de
onde ela deve ir. Explicou-lhe como se
utilizava o rebozo, e como ela poderia se proteger e ainda levar algum material
junto ao corpo e preso na peça, deixando-a mais livre para andar de bicicleta
no trânsito caótico de nossa cidade e, como ficaria elegante com aquele “lenço”
claro com leves fios dourados como listras ao longo dele, não ficando
descabelada nem com os cabelos molhados em dia de cerração ou chuva fina.
A partir
daquela data é comum vê-la com o seu lindo presente, principalmente agora que o
frio já se faz presente e Marieta atende em muitos locais diferentes na cidade.
Seu
próximo roteiro é o Egito e ela já me convidou para ir junto. Não aceitei. Sou
muito medrosa e creio que os ventos políticos não andam bom para aqueles lados.
Isabel C S Vargas
Pelotas/RS/Brasil
01.05.2016
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