Em minha memória
Guardo tesouros inimagináveis
Pedidos de colo
Solicitados com doçura
Guardo colos macios
Ofertados com amor
“Mãe”! Pronunciado repetidamente
Guardo sorrisos doces
Gargalhadas inocentes
E também sorrisos timidamente esboçados
Lembro de cuidados,
Zelo materno e filial
Lembro de avós duplamente mães
Lembro de mães com filhos nos braços
Mas, dolorosamente, lembro mães
Cujos filhos foram arrancados
Na ciranda infindável
Deste grande carrossel
Que nunca pára de girar
Para felicidade de uns
E desgraça de outrem.
Por isso nesta data
Lembro de todas as mulheres
A das Alegrias
E as das Dores
Dos partos às avessas
Que ao invés de terem seus filhos no colo
Os tiveram entregues a Deus
A quem pedimos humildemente
Misericórdia!!!
Para conseguir sobreviver
Sem os rebentos no regaço.
E por passarem esta data
Sem os terem ao lado
Embora estejam sempre
E para toda eternidade
Na memória e no coração.
Isabel C.S.Vargas
PELOTAS/RS/BRASIL
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