segunda-feira, 2 de maio de 2016

CIRANDA PUBLICADA/NA PENUMBRA DAQUELE BAR

PARTICIPANTES

1- Clara da Costa
2- Eugénio de Sá
3- Odir Milanez
4- Luiz Gilberto de Barros- Luiz Poeta
5- Ary Franco ( O Poeta Descalço)
6- Hamilton Brito
7- Sonia Nogueira
8- Nelson Carvalho
9- José Hilton Rosa
10- ZzCouto
11- Maria Olga de Oliveira Lima
12- Osmarosman Aedo (IWA) Poetas del Mundo
13- Isabel C S Vargas
14- Cássia Vicente
15- Gina Maia
16- Marinez Stringhetta/Mara Poeta
17- Mifori
18- Nilza Stringhetta Rossi
19- Suzete Palitos
20- Fernando Alberto Salinas Couto
21- João Coelho dos Santos
22- Zenaide Giovinazzo
23- Sueli do Espírito Santo
24- Márcia Larangeira
25- Cel (Cecília Carvalho)
26- Virgílio Roque
27- Humberto-Poeta
28- Eline Santos
29- Yna Beta



NA PENUMBRA DAQUELE BAR
Clara da Costa

Um arrepio sutil
o tom do silêncio a nos afagar
a doçura do teu sorriso iluminado e travesso
bailando no meu olhar.

Plantamos rosas no peito,
ao ritmo de nossos corpos atordoados,
em dolente melodia na claridade dos desejos,
aromas e ais impregnados.

Eu, você, o vinho, o blue...
desejos brotam em desalinho, o vento a soprar
ecoando versos...e a poesia se faz
na paixão que palpita na penumbra daquele bar.


NOITE NO BAR
Eugénio de Sá

Naquela foto há um mundo controverso
de sentimentos que à minh’alma afloram
que estas taças bebidas mais exploram
deixando ver s mágoas do avesso

Fito nostálgico do fundo bar
os vultos que evoluem ao balcão
e sinto que na minha solidão
só essa solidão tenho p’r amar

Verte-se a chuva copiosamente
nos vidros biselados da janela
enquanto m’embriago tristemente

E na fumaça de um último cigarro
se vai esvaindo o rosto que adorei
sem que me importe já o seu desgarro


PELOS BARES DA VIDA...
Odir Milanez

O bar é sempre a casa do Poeta.
É no bar que o Poeta se completa,
que das Musas recebe inspirações.
No bar não há somente embriagados.
Há poetas febris e apaixonados,
a mesma história e múltiplas versões.

É no bar que a su’alma se projeta
além da inspiração, de amor repleta,
iludida das próprias ilusões.
Pelo bar passam passos repassados,
perenizando prantos projetados
sobre as sombras senis das solidões...


“PRA QUALQUER LUGAR”
Luiz Poeta – Luiz Gilberto de Barros-CD Bossa Light – Luiz Poeta

No bar de nossos encontros, um copo caiu,
Molhou seu vestido, mas você sorriu
E disse: - Benzinho, não importa não,
Quando existe amor, existe perdão
E todo esse encanto não pode findar...

Sorrimos, molhei sua boca de amor e cerveja,
De espuma, de sonho, num beijo, ora veja
Que até o garçon sorriu pra nós dois,
Foi tão natural que fomos depois
Vagando juntinhos pra qualquer lugar.

Agora, lembrando do copo, eu passo sozinho,
Procuro seus olhos e perco o caminho
E penso, fui tolo, meu sonho findou-se,
O bar, a cerveja, o amor acabou-se
Só restam meus passos pra qualquer lugar.
Pra qualquer lugar...
Pra qualquer lugar.


NA PENUMBRA DAQUELE BAR

Ary Franco (O Poeta Descalço)

Sentado no cantinho, bem afastado.
Envolto pela fumaça dos fumantes.
Invejo idílios trocados entre amantes.
Sinto-me só, um reles abandonado.

Ébrio, na bebida tento te esquecer.
Mas sonho com o dia que irei te rever.
Novamente te beijar, de novo te amar,
Ainda que na penumbra deste bar!


Na penumbra daquele bar
Hamilton Brito

Parecia até conspiração...
aquelas luzes incidentais
bailarina meio que nua
e um jazzista a cantar...
Ouvia-se um piano dolente
e tudo mexia com a gente.
clima perfeito para a luxúria.
Mas eis que surge o amor
você, eu e a penumbra de um bar


 Na Penumbra de Qualquer Bar
Sonia Nogueira

Em cada canto a música enaltece
corações atormentados, carentes,
passos deslizam, o som enaltece
os sonhos acordam ali presentes.

A emoção viaja no corpo dolente,
no embalo do ritmo e da saudade,
quanta emoção, o violão plangente
derrama seu trinar em acuidade.

A lágrima solta corre desprovida
inconsciente, talvez, ao ressuscitar
memórias ocultas e apetecidas
Na Penumbra de Qualquer Bar.


Na Penumbra D’Aquele Bar
Nelson Carvalho

Foi n'uma noite de ramboia,
com "meninas", copos a fartar,
que aquela bela lambisgoia,
enrocou-se em mim, tal jiboia,
NA PENUMBRA D'AQUELE BAR!

O que se passou, vou relatar,
foi n'uma festa de despedida,
naquele domingo ia-me casar,
NA PENUMBRA D'AQUELE BAR,
ao perder a liberdade de vida
mas graças a Deus bem sucedida,
que o forró é ( Foi) não olvidar!


Na penumbra daquele bar
José Hilton Rosa

Ainda que me embriago nas palavras,
me afogo nas lágrimas das emoções,
choro a ignorância do não saber.
Peço a mão para beijar,
levanto meus olhos para sua beleza,
encanto com o sorriso que me deixa sóbrio.


NAQUELE BAR!
ZzCouto

Sentados à mesa do bar,
foi que nossas mãos se entrelaçaram,
nossos abraços perlongavam alegremente.
Em frente ao balcão ainda deserto,
nossos olhares se amavam profundamente.
Um copo de vinho e depois outro
em seguida servidos,
cultivavam horas
e momentos infinitos,
perdidos em pensamentos
no mistério oculto da magia
de nossas afinidades que
aquele bar abrangia.


NA PENUMBRA DAQUELE BAR
Maria Olga de Oliveira Lima

Na penumbra daquele bar
Aconteceu o primeiro deslumbre,
O primeiro arrepio,
O grande desejo, a cobiça,
A magia...
E todo o encantamento propício
Para um lindo e primeiro encontro...

Tudo se desenrolou
Tornando meu coração alvoroçado...
Realmente apaixonado.

A ternura da música
Embalou com doçura
Nosso primeiro beijo.

E na penumbra daquele bar
Consegui ver no teu rosto
O sorriso iluminado
De uma paixão sem fim...


NA PENUMBRA DAQUELE BAR
Osmarosman Aedo- 2.000 e (ainda) Nós

Aonde uma luz que decalca rostos,
Satisfaz a noite que insatisfeita deixa exposto
O sorriso da dama do canto da mesa,
Que pede uma dança entre um ou outro moço...

Atira a flecha que o olho no olho
Exibe como "ás" de jogador insosso,
A cartada final da música ébria em alvoroço,

Enquanto o salão iluminado de lado a lado,
Reflete amores aos bocados,
Findando mais um dia enfim...
E na penumbra daquele bar, agora adormecido,
Recostam-se cadeiras vazias
No mesmo balcão da infeliz nostalgia.


Na Penumbra Daquele Bar

Isabel C S Vargas

No bar...
No escurinho daquele bar
Encontrei um olhar doce
Escondido na multidão
Que distraída não notou.

Sozinho em busca de alguém
Seu olhar requeria atenção
A fim de acabar de vez
Com o flagelo daquela alma.

Entre olhares, verbos, silêncios
Encontramos um rumo na vida
E na luz, caminhos, sorrisos
Jamais abandonamos a trajetória.


Na penumbra daquele bar
Cássia Vicente

Um rosto perdido entre os demais
finge estar ali com um copo na mão,
Mas...quem o observa percebe que
seus pensamentos vagam longe dali...

Seus olhos parados de frente ao palco
não percebem as dançarinas a lhe provocar,
nenhum sinal indica sua presença mental..,

Do seu físico brota um sorriso infantil
onde as bailarinas respondem sem notar...
É mais um na multidão...E daí?!

Mas, ele não está sorrindo pra elas,
sorri das lembranças de horas atrás
onde deitado no leito alheio
degustou do mais puro sabor virginal.

Na penumbra daquele bar nada mais a declarar...

Nenhum comentário:

Postar um comentário