NA PENUMBRA DAQUELE BAR Clara da Costa
Um arrepio sutil o tom do silêncio a nos afagar a doçura do teu sorriso iluminado e travesso bailando no meu olhar.
Plantamos rosas no peito, ao ritmo de nossos corpos atordoados, em dolente melodia na claridade dos desejos, aromas e ais impregnados.
Eu, você, o vinho, o blue... desejos brotam em desalinho, o vento a soprar ecoando versos...e a poesia se faz na paixão que palpita na penumbra daquele bar.
NOITE NO BAR Eugénio de Sá
Naquela foto há um mundo controverso de sentimentos que à minh’alma afloram que estas taças bebidas mais exploram deixando ver s mágoas do avesso
Fito nostálgico do fundo bar os vultos que evoluem ao balcão e sinto que na minha solidão só essa solidão tenho p’r amar
Verte-se a chuva copiosamente nos vidros biselados da janela enquanto m’embriago tristemente
E na fumaça de um último cigarro se vai esvaindo o rosto que adorei sem que me importe já o seu desgarro
PELOS BARES DA VIDA... Odir Milanez
O bar é sempre a casa do Poeta. É no bar que o Poeta se completa, que das Musas recebe inspirações. No bar não há somente embriagados. Há poetas febris e apaixonados, a mesma história e múltiplas versões.
É no bar que a su’alma se projeta além da inspiração, de amor repleta, iludida das próprias ilusões. Pelo bar passam passos repassados, perenizando prantos projetados sobre as sombras senis das solidões...
“PRA QUALQUER LUGAR” Luiz Poeta – Luiz Gilberto de Barros-CD Bossa Light – Luiz Poeta
No bar de nossos encontros, um copo caiu, Molhou seu vestido, mas você sorriu E disse: - Benzinho, não importa não, Quando existe amor, existe perdão E todo esse encanto não pode findar...
Sorrimos, molhei sua boca de amor e cerveja, De espuma, de sonho, num beijo, ora veja Que até o garçon sorriu pra nós dois, Foi tão natural que fomos depois Vagando juntinhos pra qualquer lugar.
Agora, lembrando do copo, eu passo sozinho, Procuro seus olhos e perco o caminho E penso, fui tolo, meu sonho findou-se, O bar, a cerveja, o amor acabou-se Só restam meus passos pra qualquer lugar. Pra qualquer lugar... Pra qualquer lugar.
NA PENUMBRA DAQUELE BAR
Ary Franco (O Poeta Descalço)
Sentado no cantinho, bem afastado. Envolto pela fumaça dos fumantes. Invejo idílios trocados entre amantes. Sinto-me só, um reles abandonado.
Ébrio, na bebida tento te esquecer. Mas sonho com o dia que irei te rever. Novamente te beijar, de novo te amar, Ainda que na penumbra deste bar!
Na penumbra daquele bar Hamilton Brito
Parecia até conspiração... aquelas luzes incidentais bailarina meio que nua e um jazzista a cantar... Ouvia-se um piano dolente e tudo mexia com a gente. clima perfeito para a luxúria. Mas eis que surge o amor você, eu e a penumbra de um bar
Na Penumbra de Qualquer Bar Sonia Nogueira
Em cada canto a música enaltece corações atormentados, carentes, passos deslizam, o som enaltece os sonhos acordam ali presentes.
A emoção viaja no corpo dolente, no embalo do ritmo e da saudade, quanta emoção, o violão plangente derrama seu trinar em acuidade.
A lágrima solta corre desprovida inconsciente, talvez, ao ressuscitar memórias ocultas e apetecidas Na Penumbra de Qualquer Bar.
Na Penumbra D’Aquele Bar Nelson Carvalho
Foi n'uma noite de ramboia, com "meninas", copos a fartar, que aquela bela lambisgoia, enrocou-se em mim, tal jiboia, NA PENUMBRA D'AQUELE BAR!
O que se passou, vou relatar, foi n'uma festa de despedida, naquele domingo ia-me casar, NA PENUMBRA D'AQUELE BAR, ao perder a liberdade de vida mas graças a Deus bem sucedida, que o forró é ( Foi) não olvidar!
Na penumbra daquele bar José Hilton Rosa
Ainda que me embriago nas palavras, me afogo nas lágrimas das emoções, choro a ignorância do não saber. Peço a mão para beijar, levanto meus olhos para sua beleza, encanto com o sorriso que me deixa sóbrio.
NAQUELE BAR! ZzCouto
Sentados à mesa do bar, foi que nossas mãos se entrelaçaram, nossos abraços perlongavam alegremente. Em frente ao balcão ainda deserto, nossos olhares se amavam profundamente. Um copo de vinho e depois outro em seguida servidos, cultivavam horas e momentos infinitos, perdidos em pensamentos no mistério oculto da magia de nossas afinidades que aquele bar abrangia.
NA PENUMBRA DAQUELE BAR Maria Olga de Oliveira Lima
Na penumbra daquele bar Aconteceu o primeiro deslumbre, O primeiro arrepio, O grande desejo, a cobiça, A magia... E todo o encantamento propício Para um lindo e primeiro encontro...
Tudo se desenrolou Tornando meu coração alvoroçado... Realmente apaixonado.
A ternura da música Embalou com doçura Nosso primeiro beijo.
E na penumbra daquele bar Consegui ver no teu rosto O sorriso iluminado De uma paixão sem fim...
NA PENUMBRA DAQUELE BAR Osmarosman Aedo- 2.000 e (ainda) Nós
Aonde uma luz que decalca rostos, Satisfaz a noite que insatisfeita deixa exposto O sorriso da dama do canto da mesa, Que pede uma dança entre um ou outro moço...
Atira a flecha que o olho no olho Exibe como "ás" de jogador insosso, A cartada final da música ébria em alvoroço,
Enquanto o salão iluminado de lado a lado, Reflete amores aos bocados, Findando mais um dia enfim... E na penumbra daquele bar, agora adormecido, Recostam-se cadeiras vazias No mesmo balcão da infeliz nostalgia.
Na Penumbra Daquele Bar
Isabel C S Vargas
No bar... No escurinho daquele bar Encontrei um olhar doce Escondido na multidão Que distraída não notou.
Sozinho em busca de alguém Seu olhar requeria atenção A fim de acabar de vez Com o flagelo daquela alma.
Entre olhares, verbos, silêncios Encontramos um rumo na vida E na luz, caminhos, sorrisos Jamais abandonamos a trajetória.
Na penumbra daquele bar Cássia Vicente
Um rosto perdido entre os demais finge estar ali com um copo na mão, Mas...quem o observa percebe que seus pensamentos vagam longe dali...
Seus olhos parados de frente ao palco não percebem as dançarinas a lhe provocar, nenhum sinal indica sua presença mental..,
Do seu físico brota um sorriso infantil onde as bailarinas respondem sem notar... É mais um na multidão...E daí?!
Mas, ele não está sorrindo pra elas, sorri das lembranças de horas atrás onde deitado no leito alheio degustou do mais puro sabor virginal.
Na penumbra daquele bar nada mais a declarar...
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