Cloé é uma jovem de dezesseis anos que vivia no campo com
sua família.
Bela, ingênua e sonhadora que se dedicava além do aprendizado
escolar habitual,
à música, à dança e nas horas de folga a passeios nos
arredores da região, acompanhada de seus cães de estimação.
Esta era sua rotina até que em determinada ocasião encontrou
em um de seus passeios um belo jovem a cavalo que nunca vira antes. Não sabia
se se tratava de alguém de fora ou alguém da região que nunca vira.
Era moreno, pele clara,
olhos castanhos e montava um cavalo muito bem tratado de raça Crioula. Seu
coração deu pulos quando seus olhos encontraram-se com os dele que fez um aceno
de cabeça e freou seu cavalo com a clara intenção de com ela conversar, ao que
ela não correspondeu, tal a surpresa que a tomou ao encontrá-lo e pressentir
que ele iria dela se aproximar.
Tocou o seu
cavalo com o pé e voltou apressada para a sua casa. Uma bela vivenda com ampla
varanda com flores, alpendre com bancos confortáveis e mesas onde serviam o
lanche da tarde.
Desceu do
cavalo, mas não entrou em casa de imediato. Correu para o lado esquerdo do
jardim onde havia uma linda fonte com um cupido sorridente a apontar sua flecha
certeira para alguém.
Nunca
soubera muito, devido a sua tenra idade a respeito de fortes sentimentos e emoções
relacionadas ao amor. Sabia sobre alegria e zanga que era o mais comum entre as
crianças. Desde que ficara mocinha, seus sentimentos se misturavam entre dúvida
e medo. Não sabia se um dia se apaixonaria por alguém ou se não conheceria esse
sentimento e ficaria sozinha, pois morava em um local tão distante da
sociedade, de festas, das coisas que faziam os jovens se encontrarem.
Acercou-se
da pequena fonte e sem se aperceber sorria e fitava o sorridente cupido que parecia
desta vez, sorrir para ela.
Entendeu
que desta vez a flecha do menino sapeca havia acertado nela. Seu peito arfava,
seus lábios sorriam e ela não entendia o motivo, só que o encontro com o moço
havia tocado seu coração e ela sentia como se fosse o encontro mais importante
de sua vida até aquele momento.
Internamente, se questionava sobre como seria daquele momento em diante.
Queria vê-lo, novamente. Sentia que tinha que fazer algo.
Então,
como se fizesse uma prece pediu ao cupido e àquele deus que ela nem sabia quem
era, para ajudá-la a encontrar o seu príncipe.
Isabel C
S Vargas
Pelotas/RS/Brasil
O3.O8.2O15
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