Todo ser ao nascer precisa de cuidados e destes cuidados
depende sua sobrevivência.
Isto ocorre, inclusive, com os animais que necessitam que sua
mãe os alimente, limpe a membrana que os cobrem ao nascerem. Necessitam de
proteção contra as adversidades naturais e contra os predadores.
O ser humano é o único dotado de livre arbítrio, entretanto,
não podemos cobrar dele isto na infância. Nesta fase da vida ele é incapaz de
tomar decisões que determinem seu futuro.
Existe uma legislação de amparo e proteção às crianças. A partir dos
dezoito anos ele torna-se responsável por suas escolhas e elas serão fundamentais
e determinantes de seu futuro.
Óbvio que até chegar a esta idade existe toda uma bagagem
adquirida seja ela genética, familiar, cultural, educacional ou social.
Segundo a religião e os dogmas de espiritualidade o ser supremo
o universo é responsável por dar vida aos seres, porém não sendo responsável
por suas escolhas. A vida é para ser vivida, para evolução e crescimento pessoal.
A vocação do ser humano é a felicidade, porém isso não significa que não
existam as dores, as adversidades e os sacrifícios, os quais servem para
fortalecer o homem, para seu crescimento, para atingir patamares mais altos
indicando seu poder de resiliência. A vida é dádiva, presente e em função disso
é necessário escolher a postura pessoal diante das adversidade, se encolhido em
um canto a lamentar, se através da revolta, ou aceitando-as e tirando lições
para seguir vivendo de forma mais leve, aceitando o inevitável e adquirindo
nova visão diante dos acontecimentos de modo a ser mais humano, mais fraterno e
adquirindo mais empatia com o outro.
Acredito que a condição social não é determinante do futuro.
Quem é pobre não está destinado à pobreza. Quem sofreu abusos não é obrigado a
ser um abusador, quem é filho de marginal não é obrigado a ser marginal, assim
como o contrário é verdadeiro.
É sabido que existem muitos filhos de famílias abastadas que
se tornam infratores, viciados, traficantes, pessoas totalmente
impossibilitadas ao convívio social pacífico e sadio.
Há, evidentemente caminhos mais fáceis para quem olha de
fora de determinados contextos e outros mais difíceis. Não é raro as pessoas
atribuírem à sorte conquistas de outrem que são na maioria das vezes, senão
todas, fruto de planejamento, disciplina, esforço, determinação, lutas e escolhas,
nas quais está implícita muita renúncia.
Atrevo-me a dizer que o caminho das mulheres, como da bela
jovem da imagem é sobremaneira mais tortuoso que dos homens. Existe preconceito
contra a beleza (se é bela deve ser burra), contra o comportamento (se é alegre,
é fácil) contra o modo de vestir (se veste um tanto mais despojada está pedindo
para ser estuprada) se é pobre (deve ser uma alpinista social) se mora na
periferia (é favelada) se é rica, mesmo que essa riqueza seja fruto de trabalho
honesto da família (é fútil, não se preocupa com as necessidades alheias).
Enfim sempre ou, na maioria das vezes, recai sobre ela um julgamento como se as
mulheres fossem sempre culpadas das mazelas que as atingem.
Não, acabemos com isso. As mulheres são donas de seus
destinos. Elas escolhem seu futuro e hoje temos exemplos magníficos que provam
que a mulher é capaz de estar em qualquer segmento da sociedade com capacidade,
determinação, e resultados profícuos.
Não esqueçamos que todos serão cobrados pelos passos que
derem durante o caminho.
Homens, mulheres devem trilhar um caminho com a maior
lisura, agindo com honra, dignidade, princípios, valores, sem pisar ninguém,
pelo contrário, estendendo a mão a fim de fazer com que mais pessoas galguem
degraus à mais na evolução, tanto social, econômica, educacional, moral. Não é
fazer o outro trilhar o seu mesmo caminho, mas dar suporte, apoio, incentivo
mostrando que aquilo que conseguimos junto com o outro tem um sabor especial.
Fortalece vínculos, demonstra sentimentos nobres, despojado e egoísmo, inveja e
exaltando a fraternidade.
Pessoas vencedoras não são as mais ricas, mas aquelas cujo
coração está em paz, cujo reconhecimento é natural, não pela conta bancária
exclusivamente, mas pelo tanto de humanidade que é capaz de espalhar ao seu
redor, pelos amigos que estão à volta, que ali estão pela sua capacidade de
agregar, de unir, de compartilhar e dividir. Há sentimentos que quanto mais de
divide, mais ele aumenta.
Há coisas que devem ser feitas sozinhas, como a busca do
autoconhecimento, descoberta de seus gostos pessoais, a escolha do parceiro
para a vida.
Não existe determinismo para o caminho de cada um. Acredito
nas escolhas pessoais pelas quais o ser humano deverá responder ao fim de sua
jornada, seja homem u mulher.
ISABEL C S VARGAS
PELOTAS/RSBRASIL
17.08.2016
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