quarta-feira, 10 de agosto de 2016

TEXTO 165/2016/ MEU PAI, MEU AMIGO

Coisas de infância, me tornaram
Distante de meu pai.
Só a maturidade me fez entende-lo
E descobrir que essas verdades
Eram invenções de criança.
Minha irmã era linda e a caçula.
Entre nós o único filho homem
Que eu adorava como meu bebê.
Ora, eu admirava a ambos
E, me sentia o patinho feio.
A minha lógica era que meu pai
Me achasse o patinho feio da prole.
Ele me ensinou muitas coisas.
Era exímio na matemática.
Não sabia externar sentimentos
E, eu misturei tudo isso,
Sem fazer uma avaliação verdadeira.
Ele se foi antes de eu completar trinta anos.
Hoje, já vivi mais do que ele.
Foi preciso ouvir de minha tia,
Sem ela saber de meus sentimentos,
O quanto ele me amava e de mim se orgulhava.
A situação se inverteu.
Eu era boa nas palavras, então me indaguei?
Porque eu não disse que o amava?
Talvez, nem eu mesma soubesse o quanto.
Isabel C S Vargas
Pelotas/RS/Brasil
10.08.2016







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