MEU TEXTO NA ÁGINA 58
O PRANTO SOLITÁRIO DA NATUREZA
O planeta é o único lugar que
os seres humanos têm para viver. É seu habitat, sua morada, dele extrai sua
sobrevivência e permanência. Lógico seria pensar que por ser o seu habitante
racional o cuidaria como a um tesouro. Ledo engano. Alguns podem fazê-lo, mas
como o ser humano é o único capaz de matar e destruir sem que seja , unicamente
para sua sobrevivência, ele o agride, insulta, degrada de forma inconsequente e
leviana sem pensar no futuro da humanidade.
O homem primitivo, dentro de suas
limitações, não degradava o ambiente como os homens ditos evoluídos, pois só
matava, desmatava, colhia em prol de sua sobrevivência e de sua família.
Os fatores primordiais que
mudaram a ação do homem sobre o planeta são a ganância, o poder, a visão
imediatista, a falta de consciência ecológica, a falta do conceito de
sustentabilidade, só agora, recentemente desenvolvido.
Realidades incontestáveis são a
poluição dos rios e do ar, os desmatamentos clandestinos e irregulares, a falta
de consciência da importância da Amazônia como pulmão do mundo, e por isso as
constantes inundações e /ou secas.
Como se não bastasse a ação
humana inconsequente, embora o homem sob o aspecto científico, tecnológico
tenha se desenvolvido como nunca dantes o fez há a própria natureza se
ajustando, se adaptando ou reagindo. Observe-se que o efeito estufa é uma
triste realidade. Em decorrência disto muitas catástrofes poderão ocorrer caso
haja degelo da nos extremos norte e sul.
Considere-se que ao longo dos
tempos e agora, mais recentemente, por acomodação das placas tectônicas,
ocorreram os tsunamis com morte em cinco continentes. Não há como prever essas
reações naturais que não dependam da vontade do homem.
Temos na crosta terrestre vulcões
ainda ativos que voltaram a entrar em erupção.
Pelas experiências atômicas
realizadas durante décadas, houve mudança no clima da terra que sofremos consequências,
as quais não temos sequer a noção de sua dimensão.
Temos que considerar o extrativismo
vegetal desenfreado, o extrativismo mineral, as jazidas esgotadas ao longo da
história da humanidade.
O uso indevido do solo com as
grandes extensões de terra com a monocultura, sem obedecer aos ciclos de
renovação da terra, o uso de agrotóxicos, os resíduos industriais das fábricas
sendo jogados na natureza, nos rios, lagos, mares, o volume extenso de esgoto
humano não tratado sendo jogado ao léu, infectando tudo à volta, inclusive os
seres humanos.
O que falar da matança
desenfreada de animais causando a extinção de centenas de espécimes e outros
tantos até hoje ainda sob ameaça embora a luta de organizações isoladas
espalhadas pelo planeta tentando preservar a vida animal.
Parece que quanto mais o
homem evolui em conhecimento, mais necessidades cria para si, aumentando a onda
de consumo sem preocupação com o que isso pode causar de danos ao planeta.
Quanto maior o consumo,
maior o descarte de lixo. A falta de lugar para o lixo já causou muitas
inundações. Ao mesmo tempo, quanto mais consome, menos o homem aproveita
daquilo que ele utiliza de modo que muita coisa que seria aproveitável é jogada
fora, passando um contingente grande de pessoas pobres a viver do lixo.
Não podemos esquecer o
quanto de inconsciência tem nas grandes cidades onde o homem joga em matas,
rios, arroio, móveis, utensílios, pneus, latas, sacos, plásticos, metais. Claro
que já há muitos locais que se organizaram de modo a reciclar o lixo e
reaproveitá-lo, mas a proporção ainda não é suficiente.
Claro que em alguns
segmentos houve avanço, como a não utilização da pele ou couro de animais para
roupas, calçados, acessórios, mas ao mesmo tempo a indústria química aumentou e
os seus resíduos são altamente prejudiciais ao ser humano e ao ambiente devendo
haver prevenções constantes em lei a serem observadas pelos empresários para
preservar a saúde de seus funcionários.
Para finalizar acredito que os homens devem,
além de se mobilizarem intensamente para a preservação do planeta Terra para as
próximas gerações ter em mente que não
podemos prever cataclismos e a terra viveu ciclos o longo da história e nestes
ciclos muitas espécies foram extintas, sendo estas muito mais fortes que o homem,
se levarmos em conta seu tamanho como no caso dos dinossauros.
A terra hoje chora com a leviandade das
atitudes que a degradaram. Urge que o homem passe a ter outra atitude senão os próximos
a desaparecerem poderá ser a espécie humana. Impossível? Só o tempo dirá.
Isabel C S
Vargas
Pelotas - RS - Brasil
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