sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

MEU TEXTO NA 7ª EDIÇÃO DA REVISTA LITERALIVRE/EM BUSCA DA IDENTIDADE PERDIDA



Um tema que considero interessante e já foi mote de várias crônicas é o da mulher.

Já discorri sobre a evolução do papel da mulher na sociedade, as lutas e as conquistas no decorrer do tempo, seu papel fundamental para a família e sociedade.

Em um de meus textos abordei as mutilações que as mulheres sofrem para que não tenham prazer, desde a mais tenra idade. Pensei já ter sabido de todas as atrocidades existentes. Não aceito que abordem como algo cultural. Não é mais concebível mutilação e tortura como algo cultural.

Acreditava ter esgotado este tema, pelo menos por ora, para não saturar os leitores, visto que costumo publicar em jornais e o leitor quer assuntos diversos, pois o dia a dia e a sociedade são fontes inesgotáveis para este tipo de escrita.

Passando os olhos pelas redes sociais, encontrei um filme denunciando a situação da mulher, na atualidade, no Afeganistão. Pois bem o tal filme relata um processo de invisibilidade, de morte em vida, e desvalorização como ser humano pelas mulheres. Aviltante! Como mulher, mãe e avó de mulheres não posso deixar de discorrer sobre isso.

Pense comigo, quem está livre de casar com um homem daquele país e lá cair, envolvida por um grande sentimento. Afinal, há tanta jovem vivendo no exterior, estudando em universidades, trabalhando e podendo encontrar jovens oriundos de lá.

Além de usar a burca, não usar roupas muito coloridas e não poderem usar calças compridas debaixo da burca, não usar cosméticos, não mostrar os tornozelos, não usar esmalte nas unhas, não poderem ser atendidas por médicos homens, não poder apertar a mão de um homem que não seja da família, não poderem ser fotografadas em casa, motivo pelo qual os vidros não permitem visão dentro de casa, raramente frequentarem universidades e escolas, de entrarem pelo fundo nos ônibus, uma vez casadas elas devem esquecer o próprio nome. Ficam sem identidade. Em algumas regiões do Afeganistão o homem tem vergonha de pronunciar o nome dela e a ela se refere como a mãe de seus filhos, ou, pasmem, a “minha cabra”. Nem em caso de morte seus nomes podem ser colocados em lápides. O receituário médico não pode conter seu nome. 

Há muitas que não possuem documentos. 

Atualmente há um movimento de mulheres reivindicando a sua identidade real e pedindo apoio à sua causa inclusive em redes sociais. O nome do movimento é 

#Onde está meu nome. O vídeo que assisti é da Play Ground BR no Facebook. 

A mudança está nas mãos dos homens. Há homens que as apoiam. 

Até quando isso persistirá? 




                         Isabel C S Vargas

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