domingo, 25 de dezembro de 2016

ANTOLOGIA VIRTUAL DE NATAL 2016 - PORTAL CEN - "CÁ ESTAMOS NÓS"/DEZEMBRO 2016

ANTOLOGIA VIRTUAL DE NATAL 2016 - PORTAL CEN - "CÁ ESTAMOS NÓS"





XIX EDIÇÃO - TEMA NATAL.

Realização Portal CEN - "Cá Estamos Nós"

Organização: Maria Beatriz Silva
(Assessora do Intercâmbio Cultural CEN - Brasil/Portugal)
Idealizador: Carlos Leite Ribeiro

(Presidente do Portal CEN – Portugal)

Parceiro: CCMB (Centro Cultural Maria Beatriz) de Laje do Muriaé (RJ) – Brasil


Aos Escritores do Portal CEN – “Cá Estamos Nós”, colaboradores e leitores votos de um Feliz Natal e um Ano Novo de Esperança renovada! São os sinceros votos do Portal CEN – “Cá Estamos Nós” e Centro Cultural Maria Beatriz

 Selo de participação




MARIA BEATRIZ SILVA
Brasil


FELIZ DEZEMBRO!

Transformado na festa do amor
Do perdão, da libertação, da paz em nossos corações
Que este mês seja de oração de reflexão
Não tanto para pedir, mas sim:
De alento da alma, de purificação

Preparando-nos para um novo recomeçar
Recebendo o amor de alma com nascimento de Jesus
E que esse amor possa em nossa vida eternizar.

No despertar de cada amanhecer, que seja gravado
Na página em branco de nossa vida,
Os versos de amor e otimismo,
Construindo na essência a mais bela poesia

Para que o hoje seja a construção
Do nosso próprio amanhã
Na certeza de uma colheita fértil a cada dia!


Maria Beatriz Silva (Flor de Esperança)

AGRIMENSOR AUGUSTO CABRAL
Brasil

UMA DATA INESQUECÍVEL

Um dia, um menino, com 14 anos de idade, resolveu compor a primeira música do seu repertório. O tema escolhido foi NATAL! Então, numa época em que as "valsas" tinham espaço na mídia, aquele menino, com um desejo incontido de homenagear a quem amava, embora ainda um pouco desajeitado, fez com que sua caneta deslizasse sobre uma folha em branco; palavra por palavra, frase por frase. No fim, surgiu diante dos seus olhos a seguinte letra, para a sua primeira valsinha; intitulada:

HOJE É NATAL

Hoje é Natal, feliz noite de paz;
Por Jesus, pequenino, venho aqui, para cantar.
Hoje é Natal, feliz noite de paz;
Por Jesus pequenino, venho aqui, para cantar.
Na manjedoura nasceu, pobrezinho, em Belém.
Mais tarde morreu por nós. Morreremos por Ele também!
Mas, hoje, em serenata eu canto, nesta data tradicional,
Ao som do meu violão, esta valsa de Natal.

Os anos se passaram e aquele menino, que sou eu, cresceu... Mas nunca se esqueceu de quem sempre amou. E, há pouco tempo, já com 70 anos de idade, voltou a ser menino e, EM HOMENAGEM AO ANIVERSARIANTE, escreveu:

FELIZ NATAL PRA VOCÊ!

É NATAL!

E as estrelas, no céu, brilham mais
Porque a grande estrela da paz
Deu ao mundo o seu coração.

É Natal!
E a magia que envolve este dia,
Transformando tristeza em alegria,
Cobre a terra em qualquer direção.

Vêm dos céus, muita luz e canções com um coro angelical.
E aqui, outras luzes sobem aos céus nesta noite de natal...
Lá no céu, pra Jesus, homenagens e canções angelicais.
E na terra, muita paz enfeitando este dia de natal.

Sobre as nuvens, neste dia, com muita emoção,
Muitos anjos, em coro, cantando, interpretam essa nossa canção...
E hoje eu sei que, na vida, o mais importante
É que o Aniversariante mora dentro do meu coração...

Lá no céu, muita luz e canções com um coro angelical.
E aqui, muita paz... Pelo menos neste dia de natal.
Lá no céu, pra Jesus, homenagens e canções angelicais.
E na terra, muitas luzes enfeitando esta noite de natal.

Agrimensor Augusto Cabral

EM VÍDEO




AGUINALDO LOYO BECHELLI
Brasil

PARABÉNS, JESUS CRISTO, PELO SEU ANIVERSÁRIO
2.016 Anos - 25. Dezembro - Bodas de Caná  -  Galiléia

Sim. Jesus 33 era forte.
De corpo também.
Naquele tempo
não tinha serra elétrica.
Ele ajudava o pai,
Zé, São, carpinteiro.
Tinha que serrar no muque.
Quem carregaria aquela cruz?
Sozinho! – O Homem.
Cada baita tora!
Enxotou mercenários.
Encarou Pilatos.
Cristo, não cristo, peitudo.
Não sei por que
nunca o mostraram assim

Sim. Ungido. Ligado. Desligado.
Coragem e simplicidade.
Há de chegar o momento
de tempo para bobear,
jogar fora os elásticos,
gravatas, cismas,
o peso dos ingratos.
Enfim, o escalão: amor.
Viver tudo de nada.
Jesus não veio pronto.
Sem negar luzes,
bem parido, a criatura
se fez filho do Criador.
Não sei por que
nunca o mostraram assim.

Em Caná, no casório,
chegou, já tinham
emborcado tonéis.
Tanto! Acabou o vinho.
Fosse Ele um chato,
aborrecido, panariço,
vento encanado,
não faria o que fez:
pediu seis talhas de água,
transformou-as em tinto.
Novo embelezador.
Sim. Jesus era alegre.
Ria.
Não sei por que
nunca o mostraram assim.

Aguinaldo Loyo Bechelli


ALESSANDRA VIEGAS
Rio de Janeiro, Brasil

A LUZ DO NATAL

Brilha dentro de mim
A sempre viva luz de Natal
A vida tornou-se jardim
Caíram às intenções do mal!

Um menino nasceu - Jesus!
Uma mãe foi feliz - Maria!
Não sabia que em uma cruz
Seu filhinho amado morreria...

Mas ao dia terceiro dia, vencendo a morte
O filho amado voltou à vida!
Maria não contava com tal sorte
E feliz continuou sua lida!

Percebeu que o Natal foi pra ela presente
Desde o dia que mirou o rostinho de Jesus
Por ele eu hoje posso estar contente
Pois meu Natal é cheio de luz!!!

Alessandra Viegas

ALFREDO DE SOUSA PEREIRA

NATAL E CARNAVAL

Natal e Carnaval, que semelhança,
Embora um do outro desigual;
Um é tempo de bem-aventurança
O outro lembra mais o infernal.

Num e noutro a alegria nunca cansa
E, afora a alegria, a diferença é tal
Que, qualquer que seja a dessemelhança,
Nos chega a parecer paradoxal.

No Natal a neve cobre os caminhos...
São as prendas, os mimos e os carinhos...
As crianças em busca de brinquedos.

O Carnaval é tempo de folia...
Espera-se o ano inteiro por um dia...
Por toda a Terra há farras e folguedos.

¨¨¨¨¨¨

NATAL… SÓ

No Natal
Tudo é solidário
E eu…
Sou só solitário.
No Natal
A Natureza vira canção
E eu…
Completa solidão.
No Natal
Tudo é amor
E eu…
Sofrimento e dor.
No Natal
Só luz e beleza
E eu…
Na maior tristeza.
No Natal
Música e alegria
E eu…
Pura nostalgia.
No Natal
Festa da consoada
E eu…
Estou dentro de nada.
No Natal
Completo festim
E eu…
Só me tenho a mim.
No Natal
Tudo é amigo
Mas eu…
Confraternizo… comigo.

Alfredo de Sousa Pereira

AMILTON MACIEL MONTEIRO
Brasil

NATAL FELIZ

O Dia de Natal em casa de meus pais,
outrora, quando eu não passava de um menino,
não tinha luxo algum, mas sempre era divino
de tanto amor que havia... Igual, não vi jamais!
Na saleta um presépio tinha o Deus-Menino
cercado de José,  Maria... E tendo mais
o burro e a vaquinha, mansos animais,
que ali davam o calor ao palco natalino...
Ao lado da singela e humilde estrebaria,
a luz da lamparina antiga cintilava,
tal qual meu coração e os dos meus onze irmãos...
Após as orações, então, papai dizia:
Feliz Natal a todos! E mamãe nos dava
as guloseimas feitas pelas suas mãos!
Amilton Maciel Monteiro

AMÉLIA LUZ

NATAL

Nesse dia
O mundo desperta
Trazendo aroma de paz.
Nasce Jesus,  o Redentor,
Chamando os homens
Para a confraternização mundial.
Pobres e ricos participam
Deste banquete em igualdade.
Pensar que podemos
Nos abraçar e deixar
Em cada abraço
Um pedaço de nós.
Vivamos, pois o espírito natalino
Em união, paz amor verdadeiro.

Amélia Luz

ANDRÉ ANLUB
Brasil

NATAL O ANO TODO

Chegou o tempo do alvoroço,
Para as crianças é o moço velhinho;
Os olhinhos curiosos em espera,
Em tempos de viver vida eterna.

Há! o tempo de reunião em família,
Com copos de vinho, sorrisos – mesa farta;
As lembranças e o altruísmo,
Em tempo de pensar nos ‘vizinhos’.

Natal deve ser tempo de oferenda;
De ser muito mais do que somos;
Doarmos os sonhos, amor e acalanto,
Guardar em um canto a soberba.

Natal flertando com o etc. e tal,
Em trezentos e sessenta e cinco dias do ano,
Abraços que espantam tantos desenganos
E a vil e sinistra desigualdade social.

Chegou o tal tempo do agora,
De arregaçar as mangas e fazer diferença;
Não importando quais sejam nossas crenças,
Pois no jardim do mundo é o amor que aflora.

André Anlub®
http://poeteideser.blogspot.com.br/


ANTÓNIO BOAVIDA PINHEIRO
Brasil

NATAL D’AMIZADE… (2016)

Escoam-se os poucos dias,
Para o Natal chegar,
E em loucas correrias
As crianças vão brincar.

De todo o lado à porfia,
Correm, correm sem parar,
Dão largas à fantasia,
Para as prendas ir comprar.

As lojas abarrotar
De crescidos e crianças,
O Natal está a chegar,
Mais um Natal de esperança.

Lá na casa dos avôs,
Vai-se a família juntar
Para comer as filhós
E o “gingo bel”  cantar.

Vem depois a consoada,
Nessa noite benfazeja,
Noite que é abençoada
Com a missa na igreja.

Chamada a “missa do galo”,
Como manda a tradição,
Será p’ra alma um regalo
E um calor p’ro coração.

Vai chegar o Deus Menino,
Na noite do caramelo,
É Jesus tão pequenino
Em seu sorriso tão belo.

E depois da meia-noite,
Quando os sinos repicarem,
Que o Pai-Natal se afoite,
Para os sonhos embalarem.

Vamos todos dar as mãos,
Numa amizade total,
E todos sermos irmãos,
Todo o ano ser Natal…

António Boavida Pinheiro

ANTONIO CABRAL FILHO
 Rio de Janeiro - Brasil

AUTO DE NATAL

O Homem estava inquieto, andando de um lado a outro do seu habitat, sem saber o que fazer, sem ter com quem afinar as idéias, sem rádio, sem cdplayer nem cd, sem telefone nem celular, sem computador nem internet, até que foi ao seu quartinho de ferramentas, pegou o facão já velho e gasto de tanto amolar, e foi amolá-lo novamente, e amolou-o em sua pedra de amolar, amolou até que ao passar o dedo polegar no fio da lâmina, sentiu um calafrio correr-lhe a espinha e causar arrepio gelado.

Aí então o Homem tomou uma decisão, abriu a porta da sala e saiu para a rua, sob um temporal de fogos colorindo o espaço celestial, e caminhou. Caminhou um quarteirão, mais um quarteirão, outro quarteirão e seguiu caminhando, perdeu-se no ermo da cidade, cidade imensa, imensa de multidão, gente aos borbotões, indo e vindo sem saber pra onde nem por que, e sem saber aonde ia ele também juntou-se à multidão caminhando.

Em determinado momento o Homem encontrou seu objeto de desejo, seu alvo, seu leit motive de satisfação e deu um golpe, outro golpe, e mais um golpe. Um corpo ficou no chão estirado, dentro de um lago de sangue; e o Homem seguiu caminhando, caminhando, respirando com dificuldade, numa ansiedade de cortar o fôlego, com um suor frio e estranho cobrindo-lhe o rosto, e um gosto de sangue nos lábios, como se estivesse sorvendo um vinho suculento, de longínquas safras, entornando pelos cantos da boca.

O Homem chegou em casa. A porta ainda estava aberta do mesmo jeito que ele deixara. Um vento gelado cruzava seu habitat, mas não gemia. Era um vento frio e silencioso.

O Homem sentou-se ante sua companheira inseparável. Não disse nem murmurou palavra. Lançou mão do controle remoto, apertou um botão e pôs-se a assistir ao seu último espetáculo. Viu policiais dando explicações das mais mirabolantes sobre um assassino em série que circulava por estas bandas cujas pistas mantinham em segredo para não atrapalhar as investigações.

Mas era noite de Natal e nada suplantaria a festa da cristandade...

ANTÔNIO DE PÁDUA ELIAS DE SOUSA
Formiga (MG) Brasil

NATAL DE JESUS

Dia de Natal é feriado,
festa do cristão religioso,
anualmente comemorado,
para um Menino Glorioso.

Na Cristã Igreja, sua origem,
celebrando o nascimento de uma criança,
vindo da escolhida Virgem,
pra trazer ao mundo nova esperança.

Um grande chamado a reflexão,
e a um propósito nos conduz,
a verdadeira conversão,
no Natal de Jesus.

Tempo de espiritual limpeza,
no sentido à renovação,
em seu legado a certeza,
confirmada pela aliada comunhão.

Enfeite, música, presente e ceia,
tudo, deve ser insignificante,
diante da fé, então creia,
na grandeza do aniversariante.

Fortaleça com firmeza este elo,
acendendo intensamente esta luz,
viva então o que é belo,
no Natal de Jesus.

Antônio de Pádua Elias de Sousa


ARNALDO LEODEGÁRIO PEREIRA
Brasil

UM NATAL INESQUECÍVEL!... (conto)

O Sr Natalício e D Natividade moram em um bairro qualquer de uma grande cidade.  É uma família pobre, porém levam a vida sem maiores problemas, dentro de uma certa normalidade. Vizinha à sua casa morava a D Sinhá. Uma mulher já de uma certa idade com muitos problemas de saúde inclusive com diabetes (agravado) pela dependência química (alcoólatra). D Sinhá era uma velha só, não tinha ninguém em sua companhia. Não tinha amigos; só alguns vizinhos que a assistiam em suas crises de embriaguez. Havia também um pastor de uma igreja que prestava lhe alguma assistência.

D Sinhá sofria repetidas crises alcoólicas, piorando  muito sua saúde física e  emocional que já era debilitada. Os vizinhos mais próximos corriam lhe socorrer e prestar-lhe assistência material e moral. D Natividade sempre que  podia ajudava materialmente e moralmente D Sinhá. Dedicava-lhe alguns cuidados e a acolhia em seus momentos de crise e extrema agonia. Havia também nas proximidades um jovem que morava só e que sempre cuidava carinhosamente com zelos de um filho de D Sinhá. Porém o quadro clínico de D Sinhá piorou e ela ia ficando cada vez mais debilitada. Más conforme os problemas e a saúde dela aumentavam devido seu precário estado de debilidade física, sua condição de alcoólatra, os vizinhos, principalmente aqueles que mais a assistiam foram afastando-se, deixando-a sozinha. 

O quadro clínico e emocional de D Sinhá chegou a se complicar, ela entrou em depressão, essa depressão foi se transformado em doença crônica!  Ela transformou-se em um farrapo humano, andarilha, morta-viva, quase um fantasma!... À noite, ao deparar-se só, e em meio ao seu delírio e solidão, em seu aparelho de toca-discos, ela ouvia músicas evangélicas ao mesmo tempo em que ouvia música sertaneja boêmia, sempre com o volume aberto no máximo, assim transformou-se em um pesadelo para os vizinhos. Dessa forma ia até ao amanhecer do dia, quando saia pela vizinhança a zanzar igual um Zumbi.

... Passou-se o ano! Chegaram finalmente às festas de Natal e ano novo! Na casa de D Natividade aguardava-se à hora da Ceia... Os vizinhos reuniram-se e montaram uma ceia para D Sinhá, em meio a palavras de incentivo e carinho, tentaram dar-lhe uma ceia normal e o melhor de cada um para que ela pudesse sentir-se amada, acolhida e envolvida em uma atmosfera familiar e de aconchego.

D Natividade preparou uma ceia à parte e a ofereceu para D Sinhá... E... Na hora da ceia, em mais uma de suas tantas crises de alucinação, ela após ingerir bebida alcoólica (em sua casa), perdeu o controle de si e passou a dar espetáculo; xingar e falar mal daquelas mesmas pessoas que a estavam acolhendo.  Fazia ameaças com uma faca de cozinha, gritava e dizia palavras ofensivas. Mesmo sem haver motivo aparente ela passou a acusar D Natividade, lançando ofensas e acusações graves, criando um clima de insegurança, espalhando boatos e calúnias pela vizinhança.

D Natividade fechou-lhe a porta na cara. Trancou-se em casa com seu esposo e filhos resguardando-se assim do vexame e incômodo por parte de D Sinhá, que  implorava ajuda, chorava... Batia na porta,... Pedia para entrar,... Chamava-a pelo nome, até pedia desculpas... O Sr Natalício tentou intervir a favor da mesma; porém de nada adiantou!... D Natividade não a perdoou. Não mais a aceitou em sua casa. Não permitiu que seu esposo abrisse lhe a porta.  D Sinhá, ficou lá fora desprezada! Humilhada! Implorando perdão, e não o obteve!,... 

Trancada com sua família, D Natividade fez sua ceia... Não quis ser incomodada... Aquele episódio certamente contrariava o propósito e o significado maior de uma noite de Natal. D Sinhá permaneceu em sua agonia sem a assistência de um bom Samaritano. Na noite do dia 31 de Dezembro para o dia 1º de Janeiro, D Sinhá teve uma crise alcoólica e faleceu de enfarte, sozinha sem a ajuda de alguém...  D Natividade, naquela noite de Natal, em que é celebrado o amor, o perdão, a compaixão, a tolerância, o acolhimento ao próximo... Em um gesto egoísta, perdeu a oportunidade de ser o Bom Samaritano...

Arnaldo Leodegário Pereira


ARY FRANCO
 (O Poeta Descalço)
Brasil

UMA ESTÓRIA DE NATAL

Escuto na casa ao lado
Manifestações festivas.
Sinto-me só e isolado,
Estou sem alternativas.

Procuro dormir, já sonolento.
Após deitar, chamam-me à porta.
Levanto-me devagar, meio lento.
Quem será? Pouco importa!

Pergunto ao inesperado visitante
Por que tocara a campainha.
Respondeu-me no mesmo instante
Vim apenas te fazer companhia.

Curioso, achei interessante.
Indaguei qual o seu nome.
Respondeu-me ser o Aniversariante.
Perguntei se estava com fome.

Não, respondeu-me com bondade:
Meu nome é Jesus Cristo,
Alimento-me de tua felicidade!
Fiquei estupefato com o imprevisto.

Na casa ao lado todos comemoram
E festejam meu aniversário.
Todos bebem e me ignoraram,
Ficarei contigo no imaginário...

Acordo de súbito assustado.
Improviso rápido uma ceia.
Pode voltar Meu Convidado,
Nesta linda noite de lua cheia!

Ary Franco

(O Poeta Descalço)

CARLOS LEITE RIBEIRO
Marinha Grande - Portugal

CONTADOR DE HISTÓRIAS  - CONTO DE NATAL

Estava frio e cá fora até nevava. A ceia da Consoada estava no fim e era o tempo das pessoas formarem grupos em volta da lareira. Os mais novos admiravam (mais uma vez) as prendas que tinham recebido; as mulheres juntaram-se para combinar o almoço do dia de Natal e, também (presumivelmente) darem umas "alfinetadas" nas vizinhas ou amigas; os homens, mais afastados da lareira. davam mostras de já estarem cansados de estarem ali tantas horas.

O Agostinho, era o que dava mais mostras de estar possuído por um nervoso "miudinho".  Para desanuviar o ambiente, levantou-se dizendo para os colegas:

-  Meus amigos, para o tempo passar mais depressa, vou contar-vos uma história da minha vivência ...

O Luís,  ao ouvir o Agostinho, desenhou com os lábios um sorriso zombeteiro, levantou as sobrancelhas e com graça perguntou-lhe:
- Olha lá amigo, você, por acaso, já não nos contou todas as histórias da sua "vivência”?
Apanhado de surpresa com aquela observação, o Agostinho hesitou,  mas logo se recompôs; ignorando o que o Luís tinha insinuado, e continuou: 
- Eu ainda não vos contei aquela minha façanha de ter construído um avião?... não ? ...
A gargalhada foi geral ! Mas o Agostinho, sem se "desmanchar", começou a contar a sua "vivência":
- O que vos vou contar, meus amigos é pura verdade. Certa vez na minha juventude, construí uma avião ... (está a rir de quê ?...) bom, não seria bem um avião, mas sim uma avioneta, que por sinal me deu bastante trabalho. Depois de ter a avioneta pronta, fiz um plano de voo, apanhei vento de feição, e lá fui eu por esses ares fora. A princípio, era tudo muito lindo. Podia ver lá do alto as nudistas na praia, as hortas, os pomares, as florestas, e até as vacas a pastar ! Tudo corria bem, até que, às duas por três (ainda hoje não sei o que aconteceu), acordei de um maravilhoso e excitante sono, mas cheio de dores por todo o corpo, principalmente na cabeça, onde senti um enorme "galo". Quando abri os olhos, muitas pessoas estavam debruçadas sobre mim, mas todas pareciam desfocadas.
Uma das pessoas que reconheci, foi a Linda (uma princesa prometida), que me perguntou-me se eu me sentia bem. Respondi-lhe que estava ótimo, ou melhor, pensava que estava bem. Com certo custo e ajudado pela tal Linda, levantei-me e então vi que tinha aterrado mesmo em cima de um monte de estrume, o que provavelmente me tinha salvo a vida. 
Notei então que estava fedorento demais, mas depois de um higiénico banho, fiquei como novo ...
Todos estavam presos e curiosos como o Agostinho ia acabar a sua história. E este também notou a expectativa dos seus amigos. Depois de pensar uns breves segundos, sorrindo, recomeçou:
- O único efeito daquele meu voo (ou façanha), foi o facto das vacas, depois da "aterragem",  passarem várias semanas alimentando-se muito mal, pois estavam ficaram muito  nervosas e sempre com as cabeças no ar. Isto com grande arrelia dos donos, que viam os animais cada dia a perder peso ...
- Muito bem amigo Agostinho – disse-lhe o Luís,  que continuou: 
- Espero que seja esta a sua última história da sua "vivência"...
- Olhe que não, olhe que não, amigo Luís. A próxima "vivência" será aquela, quando eu construí um submarino...
A gargalhada foi geral.



                                                                     Carlos Leite Ribeiro



CARLOS LÚCIO GONTIJO
Santo Antônio do Monte (MG)
Brasil

O NATAL DESEJADO POR UMA PEQUENINA CIDADE

A cidadezinha de olhos tristes se vê envolvida
pela pasmosa sensação de ver mais um ano se
escoando com rapidez, como a incansável água de
um rio, que não quer parar.
Eu não vejo o seu rosto, mas eu sei que ele
é lívido de tanta sofrência e de tanto manter bons
ares de paciência, de quem tem mesmo que
esperar! ! !
Seu corpo velho reclama o seu tamanho de
criança e ela demonstrando sapiência se acha
tão caduca pra si alegrar em passeios pelas suas
pracinhas, jardins e outras coisas, assim, banais. . .
Ah! ela já sabe que futuramente será uma cidade morta
toda aquela que se perecer industrialmente:
E por isto ela nem pensa na fumaça ou na poluição, pois
o que lhe importa é poder manter-se de pé como
lugar de morada e de ficar.
Eu tenho certeza que diante das estrelas do
natal a pequena cidade apresentará os mesmos
desejos de progresso e permanecerá com o mesmo
ensejo infrangível de que o céu os abençoe e que
o povo seja capaz de lutar para torná-los realidade.
Mas, entretanto, é preciso que esta evolução
se faça dentro do Direito, pois fora dele não haverá
paz pra tanto!!!
E, ainda, neste natal a pequena cidade não
vai cear, porque ela só irá fazê-lo, quando ela
puder dar condições para que todos possam comer
e beber vinhos iguais. . .

Carlos Lúcio Gontijo
www.carlosluciogontijo.jor.br

CARLOS MÁXIMO (CAIO SODRÉ)
Goiânia (GO) - Brasil

FLORES NATALINAS

Plantei flores
Mas não tive jardins,
Colhi algumas flores
Mas não tive vaso:

Usei os jardins da vida
Das pessoas amigas, famílias
E das pessoas
Que me amam profundamente;

Usei os sorrisos
Dos que me querem bem
Para fabricar vasos de alegrias,
Sonhos, ouro e pratas
Para neles conter
A poesia da minha vida!

É no natal
Que plantemos
E colhemos lindas flores
Para as nossas vidas;
Vidas
Que são como jardins férteis
E há flores natalinas no teu olhar!

¨¨¨¨¨¨
O MENINO

Menino
Que não é feito
De barro,
Que não é feito
De madeira,
Que não é feito
De pedras preciosas,
Ora por homens lapidas.

Menino
Que não é feito
De coisa qualquer
Ou feito do nada:
Esse menino é Jesus, o Rei!
Feito de uma intenção Espiritual
Feito de glória
E poder
Para ajudar o homem
Seus problemas a vencer!

Menino do Espírito Santo,
Essência da purificação
E elo da vida eterna
Porque este sim,
É o Menino Jesus, o Salvador!


CAROLINA RAMOS
Santos (SP) - Brasil

MILAGRE DE NATAL - (com base em fato real)
                                                                                    
Dezembro de 2003. Faltavam poucos minutos para que a noite mais linda do
calendário se completasse. Maria Cândida deixara pronta a ceia da patroa, para que fosse servida aos cuidados das mãos femininas, das quais a família era bastante rica. Tinha pouco mais de meia hora para chegar ao lar e preparar sua própria ceia natalina. Daí, o passo apressado. Puxava pela mão a caçula que se atrasava, fascinada pelas luzes que enfeitavam as fachadas. 

O céu, ampla vitrine, forrada de veludo negro, coruscava repleto de estrelas, como se, naquela noite especial, o firmamento caprichasse na exibição de suas jóias.

No ar, ecos de músicas, risos, preces... De repente, bem próximo, vindo de um desvão escuro, um som diferente que lembrava um vagido abafado.

- O que será isso?! – estranhou a moça.

- Um gato... Deve ser um gato – completou a menina.

- Não, filha... não parece miado de gato!

A repetição do som guiou os passos de Maria Cândida, levando-a até uma
caixa de papelão depositada no chão, rente ao muro de uma casa.

Antes de erguer a caixa, a moça tinha certeza do que encontraria. Por isso, a hesitação provocada pela surpresa.

O choro continuava, cada vez mais fraco. Vencendo o pasmo, mãos nervosas  arrancaram, com pressa, as fitas adesivas que selavam a tampa da caixa.  O rostinho de um recém-nascido, cianosado, e demonstrando sofrimento, encheu de indignada piedade os olhos de Maria Cândida. O cordão umbilical ainda mantinha o bebê ligado à placenta, provando parto recente. Folhas de jornal, manchadas de sangue, forravam a caixa de papelão. Sobre o pano que enrolava o corpo trêmulo da criança, havia um bilhete, escrito em letra de forma num canto de jornal, que dizia:  – Mamãe te ama. (!)

Maria Cândida, indignada, olhou ao redor, como se esperasse ser observada por aquela mãe sem coração, que praticamente “sepultara” o filho recém- nascido, negando-lhe, sem um fiapo de consciência, a menor chance de sobrevivência! Ninguém na rua. Não tivessem ela e a filha passado por ali, em circunstâncias imprevistas e em hora mais imprevista ainda, o óbito da criança teria sido inevitável.

Uma onda de ternura invadiu o coração da moça que apertou a caixa contra o peito como que pretendendo passar para o bebê o calor da ternura que a aquecia. Mais rápido ainda, rumou para casa.

Tão logo chegada, o lar de Maria Cândida pareceu encher-se de luz e de sons com o “presente” que ela trazia nos braços. A ceia de Natal ficou esquecida por completo. Havia urgência em salvar uma vida!

E, para mais sublimar aquela noite, o milagre aconteceu! Lavado e cuidado, o pequenino, alvo absoluto das atenções e do carinho de todos, logo dormia em paz entre lençóis limpos, não, porém, sem antes receber um nome. Um nome também pequenino e perfeito! Um nome imposto pelo momento e espontaneamente aceito por todos – JESUS!  
              
-  E poderia ser outro?!

Carolina Ramos


CATARINA LABOURÉ MADEIRA BARRETO FERREIRA
Rio de Janeiro - Brasil

É NATAL!

Hoje, nascemos.
No amanhã, mergulhamos nossos sorrisos...
Um mundo melhor à nossa espera...
Na busca do outro, a e-terna caminhada...
Enfim, o encontro!
Meu ser...
Teu ser...
Nosso ser...
Nascer.

¨¨¨¨¨¨
GRANDE NOITE

Para todos nós, aqui, de um outro lado deste imenso e mágico Planeta, é também tempo de Natal. Não a neve nos desperta, mas o Sol, forte, grandioso e radiante, em meio ao canto dos pássaros, ao ruflar da brisa e à candura das nuvens, como que numa real e harmoniosa paz celestial.

Os rios e riachos, ingenuamente, continuam o seu percurso numa luta incessante contra as mãos daqueles que, em nome do progresso, devastam, denigrem, tentando mudar os rumos de sua Mãe-Natureza.

O mar, como que em atos de rebeldia, ora avança e se agiganta, bramindo em ecos de repulsa. As flores, oscilantes como a brisa da manhã privilegiada, exalam, de forma melodiosa, o seu perfume para que, num suave despertar, o Sol acabe de nascer, claro como uma cascata em véu de noiva.

Enfim, cai a tarde e, na sua harmonia com a manhã, antecipa-nos, como que em toques de clarins, a beleza do que será a Grande Noite. Lares iluminados e igrejas aguardam, ansiosamente, a chegada do velho Noel, anunciando o seu constante desejo de paz e doação de amor.

No interior de cada casa, a expectativa do que irá acontecer, ou melhor, do que já aconteceu, mas que se revela a cada ano, a cada dia, a cada momento em instantes de magia.

Que cada vez mais a nossa noite de Natal se transforme em Nossas Noites, numa multiplicidade de luzes que reflitam o Amor, o Grande Amor, realizado em cada sonho tão plena e vivamente sonhado.

Catarina Labouré Madeira Barreto Ferreira

 
CEZAR UBALDO
Brasil

AO NATAL

Descei sobre nós, Espírito do Natal
para humanizar o homem na insanidade
e tão distante do seu Ser!
Envia-nos a tua Luz para que a abracemos
e nela nos envolvamos e a difundamos
como alimento real de Comunhão
entre os humanos,
pois não haverá beleza e luz se não houver
o reconhecer em cada homem e mulher,
criança e velho, os saberes próprios
de quem semeia, planta e colhe amor
sobre a Paz,que nasce na raiz da Paz,
nas asas do Natal,silenciando as dores
vitais nos homens e abrindo a alma
como celebração da bem-aventurança irmã,
para que homem e Natal sejam um só
pelo Amor de Deus-Menino,adulto e velho Deus!...

Cezar Ubaldo
DALVA MARTINS FRAHLICH
São Gonçalo (RJ)- Brasil

NATAL - Aniversário de outrora

Recordo com saudade da infância de outrora, onde no dia de Aniversário, era uma. Enorme expectativa em torno do aniversariante, sua família fazia de tudo para agradá-lo, pois todos trabalhavam em prol da festa, a casa era decorada de acordo com a festa, o bolo, o doce, a decoração, os convidados, tudo muito organizado, os presentes eram simples, mas ao gosto do aniversariante: Roupas,
bola,boneca de pano,carrinho de madeira,bolas de godê, pião, álbum de figurinhas,panelinhas,bicicletas, ferrorama,autorama,jogos de todas as espécies.

Hoje as crianças não brincam mais, pois os aparelhos eletrônicos, celulares, jogos de última geração, computadores, roubaram a infância que era maravilhosa.
 As  crianças, no dia do aniversário pedem aos pais para fazerem no Shopping, onde só os coleguinhas, podem curtir ou então os pais gastam uma fortuna fazendo uma festa magnífica, onde os convidados são selecionados pelos pais, pois as crianças hoje escolhem seus presentes, sempre os mais sofisticados, caros e de utilidade tecnológica mais recente. Os avôs hoje quase não participam  destas festas, pois são caretas e ultrapassados, que tristeza!

Ai que saudade daquela infância de outrora! Bolo na mesa, rodando pião, Doce de coco, colher na mão, casa perfumada, brilho no chão, Família reunida, para o festão, onde todos os amigos e familiares curtiam o aniversariante e a festa.

Viva a vida criança, antes que perca a sua infância, antes de ter desesperança!

Dalva Frahlich

 
DÉBORA VITÓRIA BRITO DE PAULA
Taguatinga (DF) - Brasil

TEMPO DE NATAL

Natal,  tempo de
Alegria,
Tempo de harmonia
Tempo de meditar.
Tempo de cantar
Tempo de festejar
Um ágape em família
Todo mundo junto
Nesta mesma casinha
E agora te digo
Meu amigo
Será que você
Quer vir comigo?
Adorar Jesus no presépio
Todos no mesmo teto.
O aniversariante é o menino Deus
Feliz Natal
.
Débora Vitória Brito de Paula
DINORÁ COUTO CANÇADO
Taguatinga (DF) – Brasil

TEMPO DE MUDANÇAS

Inesquecível data se aproxima
Todos esperam-na com emoção
Cantigas tradicionais são ouvidas
Sensibilizando cada coração.

Euforia em comércios lotados
Lembranças são adquiridas
Presentear já virou hábito
Nas experiências vividas.

Personagem principal desse dia
É lembrado em todos os cantos
Jesus Cristo, o filho de Deus
Homenagem, orações e encantos.

Natal, tempo de mudanças,
Devemos agregar valores
Ceia, presentes, isso complementa
Mas, para Cristo, muitos louvores.

Dinorá Couto Cançado

DONZÍLIA MARTINS
Portugal

 “ESTE NATAL CHAMADO CORAÇÃO”

Natal é família, paz, amor, lar, alegria, gente,
Calor, magia, luzes, festa, união…
Porém, este, chamado coração, será diferente
Falta o esposo, o pai, o amigo o avô de eleição.

Não haverá meia, nem luzes a catrapiscar,
Nem sequer ceia, presépio, árvore, esperança
Só uma estrela a mais no céu negro a brilhar
E histórias do avô que ficam na lembrança,

No retrato do natal, ano passado,
Posou toda a família! Eramos dez!
Os quatro netos, os filhos, genro, nora e avô amado!
Este natal somos nove, mais o anjo que Deus fez.

Neste tempo de natal mais pesa a dor!
Dois natais seguidos, “sem anjos”, no hospital!
Este natal será sem o nosso grande amor
Restam luzinhas no abraço divinal.

Haverá também a Alice a perguntar:
Onde está o vovô? -A avó a responder:
-Teve um dói-dói foi ao céu curar.
 A criança parece acreditar para viver,

Ó meus natais de infância, que saudade!
Como era linda a chama da fogueira
Como todo o amor crepitando de verdade
Me fez crescer, viver, ser verdadeira.

Não havia prendas, nem árvore, só amor
E o presépio de barro pousado em musgo verde
A luz da candeia na chaminé dava calor
Acendia a noite, trazia sonhos, matava a sede.

As rabanadas que a minha avó fazia
Eram delícias doces de canela sobre o pão
A história de Jesus contada ao serão, trazia
Paz. Cada palavra rezada se chamava coração.

Donzília Martins
EDA CARNEIRO
São José dos Campos (SP) Brasil

NO MEU JARDIM É NATAL!

Escuto a cigarra,
Canta, canta,
Como se fosse estourar de dor
De amor!

Sua força é vibrante.
A natureza conspira.
Desce o crepúsculo,
As flores se acalmam
Com a brisa fresca
Que desce.

Escrevo no meu mundo,
Quietinha, sozinha.
A casa está imersa
No mais completo silêncio.
Só ouço a cigarra que se acalmou
E seu zz, zz, zz,
É música para meus ouvidos.

Lá vem o Natal, Natal de amor,
De flor, de cigarras cantantes
Neste mesmo jardim mágico.

E, Cristo desceu
Para me falar agora.
O momento é por demais sublime!
Aroma de flores, noite que vem e Cristo também,
Para me saudar e me dizer
Filha minha, eu te curei!

Então, é Natal
Brindemos, pois
Ao menino Jesus e
A Jesus menino.
Podemos comemorar!
Na minha árvore
Há muitos presentes:
Há vida para vocês
Beijos e abraços,
Carinhos e afagos.

Então, meus amigos,
Orai, pois é Natal
E Jesus nasceu!

Eda Carneiro
EMANUEL LIMA
Taguatinga (DF) - Brasil

NATAL

Eis que chega o Natal
Vinde juntos, todos vós
Vamos combater o mal
Perdoando o nosso algoz.
Eis que chega o Natal
Vamos caminhar à luz
Pois é deveras vital
Aceitar o Senhor Jesus.
Eis que chega o Natal
Somos todos irmãos
Vamos combater o mal
Cheios de fé e bênçãos.

Emanuel Lima
FRANCISCO DE PAULA
Taguatinga (DF) - Brasil

FELIZ NATAL

O universo está jubiloso
Cheio de alegria
As estrelas brilham no céu
Anunciando a Glória de Deus
Os homens cheios de esperança
Celebram a noite Santa
Luzes piscam nos lares
Nas praças das cidades
Fogos explodem em todo mundo
As músicas fazem parte da festa
Nas igrejas, os sinos repicam
Convidando o homem
Para a maior homenagem
A criança recém nascida
A participar da eucaristia
Para o filho de Deus homenagear.

Francisco de Paula


FRANCISCO EVANDRO DE OIIVEIRA (Farick)
Belford Roxo (RJ) -Brasil

É NATAL

E como está o mundo?
Estamos na era de Aquários!
Todos esperavam muita paz, harmonia e amor entre os povos.
Mas, é natal! E não há amor, tampouco paz entre as Nações.
A fome, a miséria e a violência vivenciam o cotidiano.
É natal! Assim mesmo Jesus está conosco.
Ainda existe amor naqueles que tem Jesus no coração.

É natal!
As esperanças se renovam... Em sonhos...
Vi o brilho de alegria nos olhos do povo.
Como seria bom renascer as boas ideias.
Percebi a violência ser amainada e eliminada

Reinava a paz!
Nos lares, os alimentos estavam à mesa,
Não havia fome em alguns países!
É natal! Não existia miséria nos países africanos.
A prostituição infanto-juvenil deixara de existir.
É natal! Os crimes hediondos, há muito que deixaram de existir.
É natal! As crianças brincavam alegres...
O trabalho infantil não se fazia presente.
É natal! É apenas um sonho, mas como seria bom
Viver assim em todos os natais.

Francisco Evandro de OIiveira (Farick)
GERCI OLIVEIRA GODOY
Brasil

NATAL DE AMOR

Num distante 24 de dezembro de 1943, minha mãe, meus irmãos e eu, levantamos cedinho e meio as tontas, com sono, saímos para buscar presentes que eram doados aos menos favorecidos. No local de distribuição uma pequena multidão aguardava. Lá ganhamos alimentos, mas saímos tristes, pois faltavam brinquedos e balas. Nossa mãe nos consolava e tentava nos convencer a voltar para casa com o que ganháramos, mas o choro da criançada, principalmente dos menores, fez com que ela concordasse em pedir em outro lugar. O problema foi que nossas mãos foram carimbadas então descemos até o arroio dilúvio, em Porto Alegre, RS, que naquele tempo era bem mais limpo e fácil de alcançar e com água e areia, tentamos tirar a tinta. Depois continuamos nossa jornada. Subimos uma lomba, a rua Barão do Amazonas, lembro que tive dor de cabeça, e nossa mãe, que era nossa fortaleza, estava exausta. Ao chegarmos no local que era no pátio da antiga Igreja São Sebastião, na Avenida Protásio Alves, entramos numa fila que aos meus olhos ardentes de febre, parecia não ter fim. Nossa mãe carregava nosso irmão menor. Minha irmã maior, que tinha treze anos me segurava em seus braços frágeis. Minha irmã de quatro anos choramingava dizendo que lhe doíam as pernas, foi então que alguém vendo aquele sofrimento mandou que saíssemos da fila. Passamos ao local da doação, mas ali surgiu o maior problema, os carimbos não foram de todo apagados, tivemos que mostrar as mãos que nos denunciavam. Lembro muito bem da vergonha que senti, acho que foi a primeira vez que tomei conhecimento deste sentimento e então tive vontade de sumir. Foi ai, que aconteceu o que para mim, foi o milagre daquele Natal. Sentados um de cada lado da entrada, estavam uma mulher e um homem os quais olharam para nossas mãos vermelhas pela areação e azuladas pelo carimbo e nos entregaram as balas, os brinquedos e alguns tecidos de chita muito coloridos. A alegria iluminou nossos rostos cansados e vi no olhar daquelas pessoas muito mais que piedade. Vi amor ao próximo, que naquele momento, eram uma pobre mulher grávida e suas cinco crianças. Eu, tinha apenas cinco anos. Sorrimos agradecidas. Ao chegar em casa a mãe pôs todas as balas num prato e as colocou no centro da mesa. Nossa festa de Natal estava garantida.
À noite enquanto dormíamos, a mãe fez com os tecidos doados, vestidinhos para mim e minha irmã menor, a mão, pois não tinha máquina de costura. No dia de Natal minha febre havia passado. Mamãe fez um gostoso almoço recheado de carinho. Meu pai, que tinha um jeito sério, não escondia a alegria. Acho que ele jamais ficou sabendo da nossa artimanha para conseguir tantos presentes, Pois se soubesse teria nos passado um grande sermão.
Crescemos e graças a Deus somos todos pessoas honestas e caridosas, como o foram nossos pais.

Gerci Oliveira Godoy

GRAÇA PIMENTEL

Brasília (DF) – Brasil

NATAL TODOS OS DIAS 

Toque o sino
Para despertar a consciência
E anunciar a boa nova
Ressoe os sons do badalo
Por tantos espaços
E atinja o ápice dos sentimentos
Para a compreensão
Da mensagem universal
Na sua magnitude
Na sua simplicidade
E ele sorrirá
Porque aprendeu-se a lição
Salve a solidariedade
Salve o amor
Viva a vida
Nos badalos de toda lida
Nos anos todos
Feliz Natal!

Graça Pimentel
HELENITA RABELO DUARTE
Brasil

FELIZ NATAL

Aqui estamos nós esperançosos,
O natal está chegando...
Novos olhares, novas emoções...
Rever amigos e familiares,
É tudo de bom!
Sonhar, cantar, sonhar são ações que fazem parte de nós!
Sonhamos com o sorriso de criança.
Cantamos em nome da paz!
Sonhamos com o céu bordado d’estrelas!
Por contemplarmos o horizonte azul,
Como as crianças em seu momento de luz,
Feito estrelas na terra iluminando a paisagem!
Aqui estamos nós inspirados,
Feito poetas e poetisas em seu momento de inspiração,
Em meio à paisagem natalina...
Montamos a nossa árvore de natal!
Semeamos a semente do amor em forma de poesia,
Desejamos paz, saúde a todos os fraternos...
Ecoamos o nosso canto natalino,
Feito sábias laranjeira com o seu canto melodioso,
Voejando entre as belas florestas verdejantes!
Aqui estamos nós amigos dos amigos do portal CEN,
Mais um ano de realizações, novos desejos;
Natal é sinônimo de amor entre irmãos.
Batem os sinos amigos de coração!
Blim-blém, Blim-blém, Blim-blém...
Feliz Natal! Sempre irmãos!

Helenita Rabelo Duarte

HELOISA CRESPO
Campos dos Goytacazes (RJ) Brasil

NATAL
         
Natal é tempo de mudança,
de transformação,
substituindo
o egoísmo pela generosidade,
a indiferença pela atenção,
a ingratidão pelo reconhecimento,
as palavras ao vento por verdades,
o rancor pelo perdão,
a grosseria pelo respeito,
o medo pela confiança,
a falsidade pela sinceridade,
a inveja pela satisfação do outro.
         
Colocando no lugar
do desânimo - a esperança,
da arrogância - a humildade,
da preguiça - o trabalho,
da dominação - a cooperação,
da tristeza a - alegria,
da  ansiedade - a calma,
do retraimento - a comunicação,
da indelicadeza - a cortesia,
do julgamento cruel - o crítico e construtivo.
         
Trocando
a tensão por descontração,
a indiscrição por prudência,
a instabilidade de humor por bom humor,
a indecisão por determinação,
a desonestidade por decência,
o pessimismo por otimismo,
a contradição por coerência,
a irresponsabilidade por  compromisso,
o mal pelo bem.

Que troca preciso fazer?

Heloisa Crespo


HERALDA VÍCTOR
Florianópolis (Santa Catarina) - Brasil.

ESTRELA DA PAZ

É Natal! Misteriosamente os gestos vão mudando.
Anjos, sinos ornamentando praças e vidraças,
Num encantamento tudo amorizando.

Aqui, ali, uma voz entoa uma cantiga
Num coro que enternece e toca o coração da gente.
De repente, todos querem se fazer presente,
Dar um abraço, lembrar uma pessoa amiga.
É um estado de graça, por menos que se diga.

Ah! Que a voz da humanidade seja um hino
Para embalar e acalentar o choro de um menino
Que nasce e renasce a cada ano no amor.
Descortinem-se as janelas
Ao repicar dos sinos.
Ascendam-se as velas dos altares.
Preparem a casa, a árvore, a mesa
Mas, por favor, homens tenham fé.

Olhem para o céu preparem o coração
Dobrem os joelhos façam uma oração
Cruzem suas mãos louvem o Salvador
Cantem uma canção vejam que esplendor!

Tenham esperança sigam aquela luz,
Que numa manjedoura, sob a estrela da paz
Para acordar os homens uma criança chora.
Nos braços de Nossa Senhora
Com a missão de salvar a humanidade,
Nasce um menino chamado Jesus.

Heralda Víctor

HUMBERTO RODRIGUES NETO
São Paulo - Brasil

"EM VERDADE VOS DIGO...

que nem sempre o Natal é dos lojistas,
nem, tampouco, dos finos restaurantes,
os quais contam, quais meros comerciantes,
com vossas propensões materialistas...

nem culpeis as indústrias da alta moda
de enriquecer mercê do cristianismo,
já que atendem ao vosso egocentrismo
de ser destaque em festas da alta roda...

eu não condeno que ao seu capital
o negociante o justo lucro tome,
mas que não ouse a um pobre, morto à fome,
fechar-lhe a porta neste meu Natal...

em todo lar há sentimentos ledos,
mas de quem sou, poucos de vós lembrais;
até os “meus pequeninos” gostam mais
do bom velhinho que lhes traz brinquedos...

e em tal data, por todos festejada,
mostrais de vós mesquinhos aparatos,
prendas levais a asilos e orfanatos
e o ano inteiro não lhes dais mais nada...

mesmo ante a mágoa desses vãos engodos
entendo vosso espírito imperfeito,
e a ir ver-vos no Natal jamais rejeito,
levando a minha paz ao lar de todos...

mas se fizerdes do Natal bom uso;
se o tornardes da fé divina messe
e orardes ao Senhor singela prece,
não mais serei ali um mero intruso”!

Humberto Rodrigues Neto
ISABEL C S VARGAS
Pelotas (RS)Brasil

CRÔNICA DE NATAL

O Natal ao longo da vida vai tendo significados diferentes, de acordo com a nossa fase e idade.

De minha infância não tenho muitas lembranças da data em si, mas recordo dos brinquedos que tinha do carinho de meus padrinhos e primos comigo.

Quando na adolescência, tinha consciência das dificuldades financeiras e de que na data teríamos uma pequena lembrança, meus irmãos e eu.

Não me detinha na parte religiosa da festa.

A noite de Natal era sempre um momento da família. Quando comecei a namorar meu marido, juntávamos todos na casa de meus sogros. Nesta época ia à missa na noite de Natal bem como depois de casada e com filhos.
O momento de troca de presentes era o auge da festa, pois procurei compensar com meus filhos tudo que me faltou no que se refere a brinquedos e ao consumo em geral.

Passaram-se os anos e comecei, sem saber precisar a época exata, a ter um sentimento diferente com relação à data. Sentia-me insatisfeita, achando tudo uma coisa muito comercial.

No ano de 2007 decidi não comprar presentes para ninguém. Queria fazer uma experiência e provar que poderíamos ser felizes sem presentes, sem gastos enormes.

Uns dez dias antes do Natal fui a uma confraternização com umas amigas e não levei presentes. Para ser sincera, nem me dei conta de levar. Pensava ser mais um encontro.

Ganhei presentes de todas. Fiquei meio encabulada.  Externei meu pensamento sobre o que pretendia fazer na família.  Uma delas me disse: - Não faça isso.

 Vais te arrepender. A verdade é que no dia seguinte saí a comprar presentes para todos, já que ela dizia me conhecer muito bem. E, na realidade conhece, mas naquela ocasião devia ter ouvido minha intuição ou sexto sentido, pois foi um natal de muita dor. Dia 24 por volta das 23 horas, minha mãe morria em uma UTI de hospital vítima de um infarto que sofrera na noite anterior. Os presentes, só foram entregues meses depois.

Depois deste NATAL outro pior foi o primeiro, após o falecimento de meu filho.

Pensei que o mundo havia acabado para mim, mas encontramos força, nos erguemos e seguimos em frente para cumprir a missão a nós destinada.

Moro sozinha, mas não sou só. Tenho minhas filhas e meus netos que nasceram depois dos acontecimentos dolorosos relatados acima, mas não sem antes ter outra dura provação, a perda de meu marido com uma doença contraída após a morte de meu filho.

Hoje tenho cinco netos e por eles comemoramos o Natal com alegria, unidos, com fé que nossos entes queridos vivem em outro plano e um dia nos encontraremos.  Celebramos o amor em Cristo que veio pregar a paz e a grandeza dos homens e da natureza.

A esperança é nossa companheira, cientes que nada morre, tudo se transforma, conforme os ciclos da natureza.

Morrer é renascer para a vida eterna.
                          
¨¨¨¨¨¨

UMA ÁRVORE REPLETA DE SIGNIFICADOS.

Vou montar minha árvore de Natal.
Para que, diriam alguns e eu também,
Em anos anteriores a este,
Se não passo o Natal em casa,
Mas com minhas filhas.
Vou armar para Jesus
Mostrando em cada enfeite,
Meu agradecimento eterno
Por todas as coisas boas da vida.
Agradecerei por minha família,
A saúde de cada um deles,
Meus amigos que me apóiam.
Louvarei a vida em cada sorriso das crianças
 Cujos traços lembram os que já partiram
Mostrando a bondade divina.
Colocarei enfeites coloridos,
Lembrando os sonhos que se realizaram,
Bonecos que já fizeram a alegria de quem foi criança,
Nuvens de algodão que simbolizam os sonhos
Sonhados pelas nossas crianças,
Animais para mostrar a importância de todos os seres,
Músicas que chegarão ao céu,
 E mostrarão aos que lá estão
Que somos abençoados,
 Nos mantemos fortes,
Unidos pela fé, que nos abastece
E unirá nossos corações
Embora estejamos em dimensões diferentes.

Isabel C. S. Vargas


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