quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

PUBLICAÇÃO DIÁRIO DA MANHÃ 003/2020/OS MEDOS NÃO DESAPARECERAM


Os medos não desapareceram


Na época medieval viver era difícil
Prevalecia o poder e a lei do mais forte.
Os medos eram da guerra, das doenças
Das lendas passadas oralmente.

Com o passar dos anos e as invenções
O homem passou a ter mais facilidades.
Viver era mais fácil, a comunicação surgiu
O conhecimento quebrou paradigmas.

Os medos antigos, pareceram infantis
Tudo avançou tanto e com tanta rapidez
Que o homem acabou se perdendo
Da fé, de si mesmo, de suas convicções.

A celeridade e a urgência de viver
Para poder entender as mudanças
Que são instantâneas deixou um vazio
No coração das pessoas e nas relações.

Modernidade líquida, fluída fugaz
O amor se rompe o indivíduo se perde
Não há tempo para sofrer.O tempo é caro.
Ele não pode perder o compasso dessa vida.

Hoje os fantasmas são a concorrência,
o desemprego, a violência e a solidão.
O vazio existencial pelas múltiplas solicitações
Tornam o homem mais infeliz do que outrora.

Isabel  C S Vargas

PUBLICADO NO DIÁRIO DA MANHÃ/PELOTAS/RS
DATA:2020/01/28/TERÇÃ-FEIRA/PÁGINA 11

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