O imaginário de cada leitor é povoado por figuras que transcendem a realidade concreta. Uma delas é o gênio da lâmpada, que se coloca à disposição para realizar três pedidos de quem o libertar. Como escritor / escritora, o que você pediria? Fizemos essa pergunta aos escritores do Caderno Literário. Confira.
Marisa Burigo – “Como escritora pediria que houvesse mais apoio governamental aos escritores independentes, redução nos custos para edição de livros e que a população voltasse a gostar de ler e comprasse mais livros. O livro “palpável”, aquele com cheirinho de papel novo, sabe? Quando penso na globalização, gênio querido, gostaria que muitas coisas não tivessem mudado”.
Sumica Miyashiro Iwamoto – “Pedido número um: quero que uma grande editora trabalhe para mim. Pedido número dois: quero que essa editora me coloque no mercado. Pedido número três: quero vender muitos livros e poder ajudar novos leitores com orientação e correção dessa editora”.
Rita Queiroz – “Se o gênio da lâmpada aparecesse para mim, pediria que me concedesse a honra de escrever um romance cuja personagem feminina principal vivesse vários séculos e fosse passando pelas transformações do seu tempo, mas sempre trazendo consigo o espírito de liberdade. Que o gênio me concedesse fôlego para essa narrativa longa”.
Rosalva Rocha – “Conceda-me, nem que somente por um dia, um local aprazível, uma rede disponível e inspiração para escrever sobre o meu amor impossível”.
Valéria F. Leão – “Meu desejo, como escritora, seria que a leitura fosse incentivada desde a mais tenra infância em todas as famílias e estabelecimentos de ensino. Além de todo o prazer que a leitura proporciona, um povo que lê, pensa, questiona, faz escolhas conscientes e contribui para a construção de uma sociedade mais igualitária. Enquanto fico aguardando pela aparição do gênio da lâmpada, vou fazendo a minha parte, incentivando o hábito da leitura, sempre que uma oportunidade se apresenta.
Regina Caciquinho – “Eu pediria apoio na área cultural, impressão de livros, livros infantojuvenis para crianças que desejam uma oportunidade, descoberta de talentos na cultura e oportunidades”.
Lin Quintino – “Se o gênio da lâmpada aparecesse para mim, eu lhe pediria para ter o mesmo talento de Fernando Pessoa. Queria escrever igual a ele. Poderia ser mais um heterônimo, não tem importância. Mas que fosse tão espetacular quanto o seu criador.”
Giovana Schneider – “São tantos pedidos… Eu pediria que as pessoas não deixassem morrer o hábito de ler. O que vemos são livrarias fechando, bibliotecas vazias e isso é muito triste. A leitura proporciona uma transformação social. Gosto de escrever, mas também preciso de um público que leia o que escrevo. Isso é primordial para um escritor, assim penso. Sei que ter reconhecimento é maravilhoso, mas para que isso aconteça, precisamos de leitores.”
Sonia Regina Rocha Rodrigues – “Eu pediria e ele para instalar no meu banheiro a torneira que dá acesso ao Mar de Histórias, para que nunca me faltassem ideias, entrelaçadas umas nas outras, temperadas com humor e paixões, como a torneira que inspira o Xá do Blablabla em Haroun e o Mar de Histórias, do Salman Rushdie”.
Gabriella Slovick – “Se eu tivesse que fazer um pedido seria que os meus apontamentos fossem considerados, pelo menos conhecidos, pois há muito de reflexivo devido aos estudos filosóficos e teosóficos. Não faço Literatura. Sou pesquisadora e levanto questões acerca da sociedade e do indivíduo enquanto sujeito como objeto da análise subjetiva de cada um e como coletivo. Dentro dessas pesquisas está o mundo ficcional também, é claro.”
Marilu F Queiroz – “É fato que a maior parte das pessoas não se interessa muito pela leitura. Isso causa um empobrecimento cultural bem significativo. Por esse motivo eu pediria que se desse mais importância à leitura e aos livros, desde a tenra infância. O hábito de ler só gera benefícios tanto na vida pessoal como profissional.”
Hebe Bonazzola – “Eu pediria uma chave para abrir a porta da criatividade sempre que eu quisesse. Assim, todas as ideias ficariam estocadas ali, fermentando, até eu poder abrir a porta. E elas sairiam imediatamente quando eu girasse a chave. Como abrir a estufa dos cogumelos, que vão brotando e crescendo, mas não se perdem nem saem se não se abrir a porta para colher.”
Isabel C S Vargas – “Nunca me considerei escritora, embora tenha participado de mais de 500 publicações em livros e outras tantas em jornal, além de todas as publicações virtuais. Não vendo livros. Doo. Meu desejo seria não perder a inspiração em tempos tão áridos e me aperfeiçoar tecnicamente.”
Jeane Tertuliano – “Pediria reconhecimento pela arte que produzo com tanto amor e carinho, pois isto tornaria a vida bela aos meus olhos de poeta.”
Amélia Luz – “Gostaria de pedir ao gênio que me desse capacidade de escrever e distribuir um livro infantil para cada criança brasileira. O livro na mão da criança salvará o mundo. Sairia como saltimbanco de cidade em cidade, num tapete mágico, levando livros para a criançada. Vestida de palhaço, reuniria a turma nas praças e como contadora de histórias, no Era uma Vez de cada dia colocaria um sorriso bem grande nos lábios dos pequeninos. Venha, pois, Aladim.”
Rosa Acassia Luizari – “Que ele me oferecesse meios para realizar, em tempo hábil, estudos detalhados em linguística que me permitissem criar um personagem rico em idioletos.”
Leonardo Andrade – “Certamente eu pediria inspiração perpétua, ideias ilimitadas e muita matéria-prima para modelar novos poemas e disseminá-los ao sabor do vento. Acredito plenamente que as palavras podem mudar o mundo, impulsionar atitudes e reavivarem sentimentos. Jamais pediria algo pronto e sim o material para que eu pudesse criar uma obra essencialmente minha. Gosto e quero as coisas do meu jeito, com meu toque pessoal, ouço sempre a inesquecível “My way” com o Frank Sinatra, é a minha música.”
Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no whatsapp
Nenhum comentário:
Postar um comentário