terça-feira, 26 de janeiro de 2021

TEXTO 04/2021 / CENAS DO COTIDIANO

 

TEXTO 04/2021 / CENAS DO COTIDIANO



Sentar ,à tarde , à sombra,

na Companhia de Nenê

E de Tina Turner,

Ambas,  minhas cachorras.

Assistir a fuga das seis caturritas

quando sento próximo ao ninho.

Apreciar à leveza dos minúsculos

e encantadores beija-flores

a sugar o néctar das flores

que recobrem os troncos dos coqueiros.

Quando coloco alpiste fico a observar

Quem vem se alimentar..

Deparei-me com dois cardeais

disputando comida com os demais

viventes do entorno de minha casa.

Antes das caturritas havia um gavião

que não ouço mais seu grunhido

porque cresceu e debandou.

Tenho muitas pombas que habitam

desde a frente da casa até os fundos

circulando por tudo sem medo.

Baruc já não estranha mais

e as deixa circularem, livremente.

Nem sempre foi assim.

À noite há gatos aventureiros

que se arriscam pelos muros.

Há alguns visitantes

que aparecem só para comer.

Uma cachorra galga baia delicada,

Uma pretinha com um lipoma

que é manca de uma pata e

um macho baio bem novo.

Não posso deixar de citar

os companheiros habituais

Com quem converso bastante

e estão sempre à volta,

seja para se alimentar

ou beber água e se refrescar

em voos rasantes na piscina.

Os alegres bem-te-vis

que ficam a gritar

quando a comida demora.

E assim passo minhas tardes

Neste interminável confinamento.

26.01

ISABEL C S VARGAS

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