TEXTO 04/2021 / CENAS DO COTIDIANO
Sentar ,à tarde , à sombra,
na Companhia de Nenê
E de Tina Turner,
Ambas, minhas cachorras.
Assistir a fuga das seis caturritas
quando sento próximo ao ninho.
Apreciar à leveza dos minúsculos
e encantadores beija-flores
a sugar o néctar das flores
que recobrem os troncos dos coqueiros.
Quando coloco alpiste fico a observar
Quem vem se alimentar..
Deparei-me com dois cardeais
disputando comida com os demais
viventes do entorno de minha casa.
Antes das caturritas havia um gavião
que não ouço mais seu grunhido
porque cresceu e debandou.
Tenho muitas pombas que habitam
desde a frente da casa até os fundos
circulando por tudo sem medo.
Baruc já não estranha mais
e as deixa circularem, livremente.
Nem sempre foi assim.
À noite há gatos aventureiros
que se arriscam pelos muros.
Há alguns visitantes
que aparecem só para comer.
Uma cachorra galga baia delicada,
Uma pretinha com um lipoma
que é manca de uma pata e
um macho baio bem novo.
Não posso deixar de citar
os companheiros habituais
Com quem converso bastante
e estão sempre à volta,
seja para se alimentar
ou beber água e se refrescar
em voos rasantes na piscina.
Os alegres bem-te-vis
que ficam a gritar
quando a comida demora.
E assim passo minhas tardes
Neste interminável confinamento.
26.01
ISABEL C S VARGAS
Nenhum comentário:
Postar um comentário