SEM INSPIRAÇÃO
Quem não tem olhos sensíveis,
Sentimento à flor da pele,
Alma em comunhão universal
E, coração pulsante,
Torna-se sem inspiração.
Não sente a brisa suave,
O murmurar das ondas,
A beleza do canto dos pássaros.
Não percebe os tons de verde das matas,
O colorido das flores,
O sorriso inocente da criança,
A ternura do olhar materno.
O universo é celeiro para o poeta
Que vê poesia na folha amarelada no outono,
Na chuva que faz brotar a semente,
No rio que corre sem jamais voltar ao ponto de partida.
Sem inspiração é quem não sente
O divino em casa partícula do universo.
Isabel C S Vargas - Pelotas /RS/Brasil
Confrades da Poesia - Boletim Nr 82 - Mar. / Abril 2017
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