O vento fustiga as árvores
Em um turbilhão de movimentos.
Batem janelas e portas
Deixando-me alerta e temerosa.
O assovio penetra minha alma,
Revira meus pensamentos
Tira meu sossego e o sono,
Um sentimento estranho se apodera de mim.
Inquietude é seu nome.
Lembranças assolam meu coração,
Provocando um redemoinho de sensações.
Desejo que tudo passe logo.
Inúmeros ruídos se sucedem.
Desejo esquecer o que ocorre lá fora,
Mas o vento grita em meus ouvidos
Fazendo chorar meu coração.
Não tenho com quem conversar
Para externar meus temores.
Trato de me acalmar rabiscando a solidão.
Isabel C S Vargas
Pelotas/RS/Brasil
07.09.2016
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