Quando era pequena quem me levava a bailes de carnaval
infantil eram meus padrinhos. Como eles só tinham filhos homens eu era a menina
que eles não tiveram e me amavam muito. A casa deles era bem no centro da
cidade e na rua onde ocorria o carnaval que naquela época era ingênuo, saudável
e divertido, Começava à tarde e se estendia até a madrugada com as escolas de
samba passando assim como os blocos.
Eu ficava na casa deles e quando o sono chegava ia dormir
tendo visto o máximo que pudesse aguentar.
Quando cresci ia aos bailes nos clubes sociais com meus pais
e foi em um desses bailes em 1971 que conheci meu marido. Repetimos tudo que
foi feito pelos meus pais e padrinhos levando nossos filhos para os bailes
infantis desde pequenos. Não contentes com isso ainda levamos nossa primeira
neta, hoje com dezesseis anos e já entrando na universidade, para os bailes de carnaval,
isso porque nossa filha, mãe dela é uma apaixonada por Carnaval. O nosso amor
de carnaval se estendeu por quarenta e um anos, mesmo que muitos digam que amor
de Carnaval é passageiro.
Depois que meu marido faleceu essa tarefa ficou
exclusivamente com os pais e mesmo que minhas filhas e genros convidem, prefiro
ficar em casa.
Isabel C S Vargas
03.02.2016
03.02.2016
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