"No
começo Deus criou um jardim. Éden era o seu nome. Segundo a tradição ele se
situava na Mesopotâmia, provavelmente ao norte, e possuía um pomar e outras
plantas que desenvolviam sem irrigação. Antes da sua queda, o Éden era um lugar
de paz e de prazer, de fecundidade e de fragrâncias, com os encantamentos da
música, do riso e da alegria. Depois dos primeiros reinados assírios, tornou-se
um lugar recreativo, um paraíso mítico". (Gabrielle Van Zuylen).
Jardins são expressões de humanidade. Indicam zelo, cuidado
com a natureza, com o ser humano e com a qualidade de suas relações. A
humanidade cultiva jardins desde a época das grandes civilizações da
antiguidade, prova disto é que chegou até nós, através do estudo da história,
menção sobre os jardins suspensos da Babilônia que eram dispostos
arquitetonicamente em terraços elevados e irrigados por canais oriundos do rio
Eufrates.
Nas residências
atuais expressam cuidados que as famílias têm em embelezar seus espaços
particulares e como forma de manter as crianças da família em contato com as
coisas simples da terra, mesmo que seja em modestos canteiros,
proporcionando-lhes noções básicas sobre a ciência, como época de plantar, a
importância do cuidado com a natureza e as espécies para a preservação da
qualidade de vida e até mesmo da própria humanidade. A nossa casa é nossa
responsabilidade. O planeta é nossa casa. Ensinar responsabilidades e
civilidade é função da família. Não arrancar aleatoriamente flores de um jardim,
de uma praça é passar cidadania, respeito e educação. Na escola ao ensinar as
crianças a plantar é ensinar sobrevivência e a importância das profissões e,
sobretudo, ensinar a beleza da simplicidade, e como podemos embelezar um local
com a singeleza de uma flor e muitas vezes com a sua exuberância intrínseca,
natural, que nada mais é do que materialização da expressão divina.
Grandes amores, romances tiveram jardins como pano de fundo,
cenário encantado onde é possível verificar a beleza da diversidade da flora,
assim como a fauna encantadora que é atraída pelas belezas dos jardins,
Pequenos seres como os beija-flores são visitantes de honra nos jardins,
borboletas das mais variadas cores, que são em si mesmas a mais pura expressão
da transmutação da vida, ensinando-nos que é preciso se transformar de algo
primitivo em expressão de beleza e arte, através da aparência como em seu caso
ou da elevação espiritual como no caso do ser humano.
Jardins privativos ou praças que são jardins comunitários
mostram a preocupação individual ou do poder público com a coletividade
oferecendo à comunidade gratuitamente espaços de beleza e convivência humana
gratuita e que uma vez instalada é obrigação de todos preservarem.
Isabel C S Vargas
Pelotas/RS/Brasil
14.O6.2015
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