Será que o primeiro amor é inesquecível ou só quando ele não
se torna real?
Pode parecer tolice, mas meu primeiro amor se manifestou lá
ela volta de meu treze anos. Ele era meu vizinho. Morávamos na mesma rua e ele
namorava uma amiga, mais velha que morava na mesma rua de minha avó. Nós éramos
amigas também. Tínhamos uma turma de amigos da mesma rua que se reunia à
tardinha, quase diariamente, para ouvir os meninos tocarem violão, conversarmos
ou, então, só as meninas se reuniam para ouvir música na casa de uma delas.
Os anos passavam e eles continuavam namorando. Creio que
isso durou quase uns cinco anos. E eu apaixonada por ele. Sonhava que um dia
ele terminasse com ela e eu tivesse alguma chance. Só que da parte dele só
existia amizade por mim. Não sei se meus sentimentos se tornaram claros para
ele na ocasião que lhe dei um presente. Eu tinha um coração de ouro tipo
relicário e com um rubi de enfeite. Algo puramente feminino. No aniversário
dele eu o dei de presente. Em casa justifiquei que havia perdido.
Nunca
falamos de sentimentos.
O tempo passou
e aquele sentimento ficou no passado como algo bonito, intocável. Ele rompeu
com ela e casou-se com outra Eu conheci meu marido aos dezenove anos. Casamos
anos mais tarde.
Fomos colegas de instituição de
trabalho (ele, meu marido e eu) e ainda nos encontramos eventualmente em locais
de frequência comum onde nos cumprimentamos com cortesia e amizade. Somos dois
avós que viveram uma vida feliz e profícua e com netos que encantam qualquer
conversa. Um detalhe importante é que ele é uma pessoa de muito bom humor e parece
mais jovem, pois até hoje tem a música com hobby ou atividade lúdica e isso
torna as pessoas mais alegres, mais leves.
Isabel C
S Vargas
Pelotas/RS/Brasil
O6.O3.2O15
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