segunda-feira, 30 de março de 2020

TEXTO 33/2020/ APRENDI...

Texto 33/2020


Aprendi ...
que podemos nos cuidar e ser feliz em qualquer idade.

Em toda minha vida, tive preocupações com o corpo. Sempre me achando fora do peso e me sentindo insatisfeita.Por genética da família materna, ainda para agravar a insatisfação, pernas grossas.
Minha vida foi toda retratando o tal " efeito sanfona", ou seja, engorda e emagrece de tempos em tempos.
Quando casei estava magra. Havia feito uma dieta e emagrecera uma quantidade considerável de peso. Nessa dieta foi prescrita medicação inibidora do apetite.
Tive quatro filhos.Amamentei e em decorrência comia bastante.Tens que te alimentar para ter bastante leite eram os conselhos de outrora dados pelas mulheres da família.
Associado à responsabilidade familiar, tinha o trabalho.Comecei com dezessete anos como professora de inglês, fiz magistério, faculdade de Direito, mais uma licenciatura, concursos públicos os quais passei o que sempre me manteve com um nível de exigência grande para dar conta de tudo.
Entre a primeira e a segunda filha fiz uma dieta com um médico famoso na cidade que havia começado a clinicar.Foi maravilhoso.Não prescrevia medicamento , apenas dieta e conversava muito. Foi quando me senti muito bem.
Mas aí vieram as próximas gestações, e o processo foi o mesmo.
Por minha conta, pois sabia o que devia e podia comer fiz dietas por minha conta entre as duas gestações.Conseguia razoável êxito.
Quando me aposentei ,nos primeiros anos foi muito bom.Era nova ,me aposentei cedo, com vinte e seis anos de trabalho ininterruptos, e um filho ainda pequeno que pude acompanhar na escola.
Mas o deslumbramento com a aposentadoria passou e eu me vi em casa, filhos crescidos e eu me sentindo inútil.Veio a depressão, dormia as tardes inteiras, estava infeliz.
Por insistência de uma amiga fui procurar um médico com quem ela havia tratado a obesidade.
Após os exames iniciais, foi prescrita a dieta, e eu passei a ir quinzenalmente ao consultório, em consultas de uma hora, apresentando diário alimentar e conversando muito.
Para me apoiar passei a me socorrer de livros que pudessem me ajudar a não sucumbir.O primeiro foi um livro de Lucília Diniz que relatava como ela havia perdido sessenta e um quilos, o outro que jamais esquecerei o nome é "Você é do tamanho de seus sonhos" de César Souza
e mais alguns livros de inteligência emocional de Augusto Cury.
Contabilizei a perda de sessenta e três quilos aos cinquenta e quatro anos, quando passei a usar roupas do mesmo tamanho de minhas filhas.
Estava muito feliz e realizada e isso era visível. Entrei para academia , em horários sozinha , outros com minha filha e genro , ou com meu filho.Participava das atividades da mesma que organizava caminhadas de aproximadamente quinze quilômetros que eu participava com filhos e marido.
Posso afirmar que foi a época.mais feliz de minha vida.

27.03.2020

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