terça-feira, 13 de novembro de 2018

MEU TEXTO EM ANTOLOGIA DE POETAS BRASILEIROS CONTEMPORÂNEOS 167/CBJE





Isabel Cristina Silva Vargas 
Pelotas / RS




Calo

Quando vejo que o embate
é perda de tempo e não
produzirá resultados  positivos;

Calo, diante da beleza fulgurante
que não  necessita  de palavras;

Calo diante da verdade que prescinde
de qualquer complemento.

Calo, quando nada posso acrescentar
para diminuir o sofrimento  do outro.

Calo diante do silêncio sepulcral
quando não  há  mais nada a fazer.
E as palavras  são  inúteis.


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