A natureza não é homogênea. Os homens não são iguais, embora
devam ter iguais direitos.
Conviver é viver “com” (alguém). O homem é um ser social, o
que significa aprender a conviver com os iguais e os diferentes.
Quem é o diferente no mundo de hoje, que mais do que nunca é
globalizado?
Existem diferentes culturas, diferentes povos e não podemos
estabelecer paradigmas limitadores e, sobretudo, discriminatórios visto que não
é possível analisar culturas à luz da nossa própria e estabelecer valores como
maiores ou menores em importância. É necessário respeitar as inúmeras culturas,
as características de cada povo, pois não há como estabelecer critérios de
classe, etnia como mais ou menos valiosos.
Nunca estivemos tão ligados uns aos outros pelo avanço das
comunicações, pelo processo de globalização, pela democratização das redes
sociais e, ao mesmo tempo temos muita intolerância entre culturas - como não
aceitação dos imigrantes, entre religiões, poder econômico, assim como
intolerância política.
Há uma disseminação da corrupção, desmoralização aviltante
das classes políticas, falta de civilidade, crise moral.
Observa-se que há decadência da educação, aquela que vem de
berço, da família, do exemplo do mais velho, das regras internalizadas desde a
infância. Em suma, uma crise que é de depreciação do caráter ou da falta dele.
Temos que investir na educação da criança, na disciplina, na
educação moral e cívica para não haver falta de respeito aos mais velhos, ao diferente,
às minorias, eliminando os preconceitos.
Os menos favorecidos, as minorias são sempre os mais
prejudicados, os mais atingidos pela falta de condições básicas de
sobrevivência, como condições de saúde, educação, segurança.
É imperioso que as famílias, os políticos, os detentores do
poder político econômico e social criem uma sociedade mais sóbria, mais
amorosa, mais tolerante, harmônica e feliz.
Há que se lutar para evitar guerras, catástrofes ambientais,
e preservar o meio ambiente e as espécies que poderão se extinguir frente um
embate onde se utilizem armas poderosas de destruição.
Estamos tão perto e ao mesmo tempo tão longe uns dos outros
pela falta de aceitação
das múltiplas diversidades.
Isabel C S Vargas
Pelotas/RS/Brasil
06.05.2017
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