Ficar de luz acesa
Para olhar ao redor
E não ver o próprio interior
É ter medo de si mesmo.
É querer decodificar os barulhos da noite,
E não ouvir as batidas do coração
Que clama por sintonia
Para preencher o vazio interior.
O dia é repleto de sons conhecidos,
A noite emite sons dissonantes
Entremeados de profundo silêncio
Cujo ouvido perturbado não reconhece.
São gritos, sussurros, murmúrios
De vozes internas desgastadas pelo tempo.
Ou serão gritos de socorro
Emitidas por almas perdidas?
Isabel C S Vargas
25.11.2018
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