domingo, 2 de abril de 2017

CIRANDAS PUBLICADA/DIVAGAÇÕES


PARTICIPANTES

1- Maria Madalena Ferreira dos Santos (Madá)
2- Clara da Costa
3- Alfredo Santos Mendes
4- João Coelho dos Santos
5- Paulo Silveira Ávila
6- Eugénio de Sá
7- Sonia Nogueira
8- Odir Milanez
9- Edilson Xavier de Menezes/Edmen
10- Orlando Caetano
11- Nina Maria
12- Maria de Fátima Delfina de Moraes
13- José Hilton Rosa
14- Maria Olga de Oliveira Lima
15- Isabel C S Vargas
16- Eline Santos
17- Yna Beta
18- Mifori
19- There Válio
20- Zenaide Giovinazzo
21- Virgilio Roque
22- Sueli do Espírito Santo
23- Eline Santos
24- Gloria Tabet Marson
25- Gina Maia
26- Nidia Vargas Potsch
27- Humberto –Poeta
28- MaluBarni
29- Marinesz Stringhetta/Mara Poeta

 

Divagações
Maria Madalena Ferreira dos Santos (Madá)

Tarde calma,
ao longe, o canto
de um pássaro
trovador.

No ambiente
um perfume
delicado e
sedutor,
talvez, de
flor.

O vento,
ah, o vento,
menino ainda,
brincava,
soprava
as folhas do
chão.

Devidamente arrumada,
cabelos alinhados,
lábios com batom,
diante do espelho
ela se olhava e
pensava.

Tanto tempo já se
passara,
surprendia-se,
ainda tinha versos
para fazer, vindos
do coração.

Sorriu,
dizia-se cansada;
sem chamas.


DIVAGAÇÕES
Clara da Costa

Uma espera
implacável
silenciosa.

Um coração
acelerado
ânsia de amar.

Uma lembrança
clara
nítida.

Uma estória
na folha de papel
não cabe.

Tormento
metáforas,
desejos.

Magia
nas mansas águas
da poesia.

Um amor
não é pouco
é saudade.

Silêncio,
silêncio...
até demais!


DIVAGANDO
Alfredo Santos Mendes

Sonhei ter-te a meu lado sussurrando,
Ternas frases de amor e de carinho.
Que sentia teu hálito fresquinho,
Meus lábios para um beijo convidando.

Envolvido em tão doce companhia,
No calor do teu colo me aninhei.
Eu não sei quanto tempo assim fiquei,
Somente desejei não mais ser dia.

O sonho terminou, eu acordei.
Agarrando a almofada murmurei:
Que pena ser um sonho, mas que pena!

E sorrindo pensei: que noite assim,
Devia ser mais longa, não ter fim,
E não devia ser, assim, pequena!


DIVAGAÇÕES

João Coelho dos Santos

Abominável irónico e distante
Ferido, perdido, esquecido,
Escuta melodia da brisa,
Resiste ou desiste ao abstrato paraíso.
Por esse caminho não vou (falou)
Prosseguirei mesmo sem ti,
Orgulhosamente só…
Divagações…


Divagações
Paulo Silveira Avila

Eu sonhava, divagava,
deseja com todo o coração
a chegada daquele momento.

Ela condescendia,
sorrindo, alegre, provocante
e não cedia,
matava de vez meus impulsos
que borbulhava minha esperança.

Os dias foram passando,
os meses duraram anos,
por tempos sem fim.
Aí... eu desisti


Prévias

Com pena contei a pena
Da pena de te não ver;
Se a alma não é pequena
Muita pena há de conter.

Dei à pena a liberdade
Que a pomba tem pelo ar;
Voa em círculos, não sabe
Dessa liberdade usar.

E.S.

Divagações sobre a pena
Eugénio de Sá
Não se censura uma pena
Por ela ser como é;
Só uma alma pequena
Isto não sabe, e não vê.

Ao contrário; a liberdade
Que a uma pena se concede,
Faz que descreva a saudade
sem os ardores dessa sede.

E se em amor se derrama
Na alvura de uma carta;
Decerto que é dessa chama
Que outra pena se não farta.

Faz-nos pena, dá-nos dó
Que ela tenha que contar;
De uma vida triste e só
A dor que há em cada olhar.


E ao ser solicitada
Pra um epitáfio escrever;
De estar tão penalizada
A pena escreve, a sofrer.


Divagações

Sonia Nogueira

Olho o tempo
sobre a janela
sonho
as luzes reluzem
são estrelas
que sorriem

A lua pisca
na minha direção
balbucio
saudade se foi
o tempo corrói.

Não choro
o coração acanhado
indaga
sarou a ferida
sorrio feliz
foi uma corrida.

O vento soprou
vem outro
o amor
já tenho fechado
na mão
que suspira calado


Divagações

Oir Milanez

Divago.
Há um vago na memória.
E há tanta estória,
que mais não lembro.

De meu corpo cada membro
resguarda algo de nós dois
em um antes sem depois...

Mas lembrança anoitece
e, sem quê nem porquê,
desaparece...

Cadê você
que mais não vejo?
Cadê o seu beijo
de boca umedecida?

Que fim levou
você que roubou
a minha vida?


DIVAGAÇÕES
Edilson Xavier de Menezes/Edmen

Eu sonhei e naquele sonho
eu me via divagando,
reconhecendo a noite
como minha amiga.
Diante das estrelas,
eu via o amor e o amor
era você. Na sua face
parecia brilhar o sol e
eu me banhei nesse brilho.
O dia já clareava e naquele
sonho eu era você e você
era eu e nós éramos um
no amor. Eu me via
engrandecer naquele amor,
e o amor era a luz que
iluminava nosso caminho,
porque o caminho só tinha
uma chegada, o nosso coração.
A divagação me fez sonhar
e desse sonho eu não quis
mais acordar.


DIVAGAÇÕES
Orlando Caetano

Áridos suspiros
folhas de papel
em branco
desoladas

Tanto fumo
interrogando
tanto feitiço no ar
e eu perdido
num bosque sombrio

A lua interpela-me
levanta o mistério
que albergo
indesejado
impertinente

Onde estarei
daqui a 50 anos...
Junto dos meus
num jardim...
Ou incorporado
noutro ser...

Segredos
silêncios
vazios
no oceano
dum pensamento
insaciável

Fica a paz
insistente
a esperança
imperdível
que acalenta
o coração.


Divagações
Nina Maria

Toda manhã (é infalível!),
eu acordo e já agradeço
Pelo sono, pela noite...
Lá fora o vento é um açoite,
mas aqui dentro, me aqueço...

Levanto, meio sonada,
Boto água prá ferver,
enquanto ferve, me banho
com um prazer sem tamanho,
quem dera, ficar, poder...

À vontade, de pijama,
com o meu café ma mão, caminho para o alpendre,
buscando, nos meus meandros,
a meada da emoção...

Glicínias, roas, narcisos...
já me envolvem, perfumando...
E de repente, um trucilo
de um tordo, que sem vacilo,
estufa o peito, cantando...

Esta é a parte do meu dia,
em que libero emoções,
Com o olhar perdido ao longe...
Já o sino da ermida tange,
expulsa as divagações.


Divagações
Maria de Fatima Delfina de Moraes

Faz tempo...
O mar, o vento...
Nosso momento...

Um beijo...
O desejo...
O Regozijo...

Eu,
você,
o destino...

O desatino...
Travesso menino...
Virou-me ao avesso...


Divagações
José Hilton Rosa

Esquecido no próprio medo
Inválido no tempo de espera
Sem o prenúncio de morte

Divagando para a culpa e desprezo
Devaneando na noite vazia
Apelo-me para que outro dia chegará
Divagações, arde como fogo na pele


DIVAGAÇÕES
Maria Olga de Oliveira Lima

Antigo álbum:
Sorrisos... carinhos...
Beijos sadios...
Jantar à luz de vela...
Jovialidade...

No espelho:
Rugas... Lágrimas...
Olhar apagado
Cabelos desgrenhados...
Desilusão...

No coração:
Saudade... Emoção...


Divagações
Isabel C S Vargas

Quem são os poetas ?
Seres estranhos , mágicos , diria.
Falam de emoções e nos fazem chorar,
Sem que eles mesmos o façam .
Contam histórias de grandes dores
Vivenciando-as ou não .
Falam sobre a vida , a morte,
a lua, o sol,o mar, as tempestades
naturais e as emocionais .
Nós vivenciamos tudo
que sua magia descreveu.
Eu queria ser poeta
E enfeitiçar os leitores
Com o que escrevo em minhas indagações diárias.
Mas,como simples
Só sei falar daquilo
Que preenche meu coração,
Ou o que falta para acalmá-lo.


DIVAGAÇÕES
Eline Santos

Não basta lembrar o beijo quente,
Que marcou meus lábios naquela noite mágica...
Os teus braços, cheios de fervor,
Cingiu meu corpo, num abraço morno.
Pra depois, numa cama preparada por ti,
Encoberta por pétalas de rosas,
Que deixou minha pele perfumada,
Por um cheiro doce de amor...
E assim, no limiar da saudade,
Meus olhos choram a falta,
Dos teus beijos, dos teus abraços, dos teus carinhos...
Nesta noite enluarada e plena de divagações.


DIVAGAÇÕES
Yna Beta


Noite quente, sem brisa
Silenciosa
Maliciosa...
Vislumbro teu vulto
Aproximando,
Abraçando...
O prateado luar nos banhando
Amoroso
Misterioso...
Nossos murmúrios roucos
Apaixonantes
Amantes...
O sol surge no horizonte
Convidativo
Contemplativo
Ao lado, leito vazio...
Ilusão
Consternação !


DIVAGAÇÕES

Mifori

Na igreja
agradeço,
me encanto...

Matrimonio...
Noiva
chora no altar...

Padre
fala,
fala,
fala...
Ninguém
ouve...

Criança corre,
corre e cai,
cai e corre...

Pássaro
voa
pela capela.

(...)

A cerimonia
acabou!...
O pessoal
reclamou!?...
E eu
nem
percebi
que
demorou.


DIVAGAÇÕES
There Válio

Sem pressa olha ao redor...
quisera rever o lugar
que ficou as marcas
de um amor
que deixou saudade...

Teria sido fantasia
aquele sonho...
ou é proibido sonhar?
Porque tudo tem que ser real...
se na vida muitas vezes
temos que viver o irreal.

Às vezes para não sofrer
a quimera é necessária
e ajuda a superar
a decepção e a dor,
quando o coração
já não quer mais amar.

As lembranças doem
mas nas divagações
o pensamento voa...
e a volta ao passado
faz reviver doces
e serenas recordações

Recordar bons momentos
traz a felicidade
embora brevemente,
mas acalma e abre
novas esperanças.
Mesmo que essas esperanças
sejam apenas sonhos
e nada mais...


DIVAGAÇÕES
Zenaide Giovinazzo

O pensamento
dança como menino
que procura
o caminho.

E num instante
dificil
idéias confessas
choram promessas.

Desejo pousado
nas entranhas,
pertubador, quente
e fulminante.

Calor de cio,
arrepios, sensações,
puras abstrações.
...divagações...


Divagações
Virgilio Roque

Divagações assim como todas as distraações,
Importa manter afastadas do ritmo de trabalho,
Valores e propósitos devemos ter nos ideais,
Aumentando padrões, nunca sendo bandalho,
Gernado normas, no ajudar a todos os demais,
Ao divagar com a mente ponho-me a pensar,
Como só uma pessoa algo pode movimentar,
O cursor dum computador é capaz de deslocar,
E caso para pensar o quanto poderíamos usufruir,
Se da divagação, passássemos ao saber reflectir.


DIVAGANDO

Sueli do Espirito Santo

Em um mágico pensamento
como pluma começo a flutuar
em meio ao esplendor do luar
diante a exuberância do firmamento
a minha alma toda livre e leve
nesse momento lindo, tão breve
divagando no encantamento.


DIVAGAÇÕES
Eline Santos

No mar, o encanto profundo
Na dor, o sofrer constante,
Na alma, o mistério presente.
Na flor a candura da vida,
Na felicidade, o constante bem querer,
Nuances do amor, se acontece ao amanhecer.


Divagações

Glória Tabet Marson

Ainda que eu acredite
nas suas divagações,
quero me lembrar daquele
que com tantas emoções,
me fez feliz, deixou marcas
nas belas recordações.


DIVAGAÇÕES

Gina Maia

Divagando sobre a terra
com o sonho e a utopia,
peço a Deus o fim das guerras!

Divagando sobre os mares
que tantos mistérios encerram,
há um que mais admiro;
Sempre que as ondas me beijam os pés,
questiono; como é que a lua cordena
o vaivém das marés?

Divagando sobre ti, meu amor
que foste persistente na conquista,
transformaste em alegria, a dor!
És o sol em meu diário,
conforto em minh’alma.
Qual talismã em meu relicário!


Divagando...Marcas do Viver!
Nídia Vargas Potsch

Marcas de um tempo que já se foi,
ou recentes, que as ondas irão apagar...
Marcas que ficaram na lembrança,
divagando no tempo da memória,
vagando como as ondas do mar,
num ir e vir secular
que de instante a instante
se transferem de lugar...
Cicatrizes tatuadas na alma,
que carregam emoções esquecidas,
quase nunca lembradas,
mas que afloram vez por outra...
Marcas imprimidas e espargidas
cada vez que o pensamento as recorda,
como fragmentos descolados ou rasgados...
Pedaços de recordações que acabaram de chegar,
e vieram para ficar.
Marcas eternas do Viver!

@Mensageir@


DIVAGAÇÕES

Humberto – Poeta

Num final de amor tão triste
o que nos resta e persiste
é a vontade de chorar...

Mas se o pranto é o mal mais brando,
mesmo aos poucos me matando,
é melhor sofrer te amando
do que deixar de te amar!


Divagações
MaluBarni

Divagava...
Outros tempos...
Outros ventos...

Lembro as flores
cheias de cores
ofertadas a mim

O tempo passou
o sonho virou poesia
estás comigo em sintonia


DIVAGAÇÕES

Marinesz Stringhetta/Mara Poeta

Perco-me...
Em divagações
Sobressaltos
Mostram-me a realidade
Da vida nua e crua
Encontros felizes
Tempo em que
A felicidade envolvia
Apenas as mãos dadas...


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