Gosto, imensamente, de plantas, árvores e flores. Certa
ocasião cheguei a ter em meu apartamento, cerca de quarenta vasos de flores.
Algo que me chamava a atenção era o fato de, em muitos
lugares, plantas mais frágeis vingarem e ficarem deslumbrantes. Costumava indagar
se utilizavam algum produto especial além de água, o que era negado de maneira
categórica. Estes locais que me refiro eram as sacristias de templos religiosos.
Encontrava lírios, assim como verdes, tais como avenca, samambaias. Passei a
acreditar que era o silêncio e a paz que contribuíam para seu desenvolvimento.
O tempo passou e ganhei em um aniversário e no Dia das Mães
vasos com lírios. Imaginei que não teria sucesso na empreitada de cuidar deles.
Eram da espécie denominada Lírios da Paz.
Em um canto de minha sala de jantar, onde ventila bem e onde
há muita luminosidade, sem pegar sol, diretamente, coloquei uma coluna antiga
que gosto muito e nela os dois vasos de lírios. O vaso maior na parte de cima e
o menor no andar de baixo da referida coluna.
Minha casa que antes era barulhenta, hoje não é mais. Vivo
sozinha, o que significa silêncio constante, exceto quando os cães latem.
Costumo como cuidado e carinho limpar a poeira das folhagens
dos lírios com um pano umedecido. Creio que eles gostam porque ambos
desenvolveram e estão muito lindos.
Como há seis anos faço aulas de pintura em tela, lógico que
entre as flores que pintei até hoje, encontram-se os lírios, que tenho em lugar
de destaque em minha sala.
Acho importante manter vida ao nosso redor. Creio que há uma
energização do ambiente através das plantas. Passam beleza, pureza,
tranquilidade capaz de influir em nosso cotidiano, oferecendo qualidade de
vida. O belo contagia.
Um dos responsáveis por manter flores em minha casa foi meu
marido, que plantava bastante por amar as flores e cuidava delas com muito amor
e delicadeza.
Isabel C S Vargas
Pelotas/RS/Brasil
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