sábado, 5 de setembro de 2015

Postagem Premiada/ Conto/Terceiro lugar/UM SUSTO À BEIRA DO LAGO



 
 
         Em um distante Janeiro um jovem casal fora passar a tarde de domingo na beira do lago. Lá estavam os dois, as duas filhas pequenas; a maior de uns quatro anos e meio e a menor de dois anos recém completados. Junto a eles estavam os avós paternos e um casal de amigos, colegas de trabalho e vizinhos com sua filha menor de uns cinco anos de idade.
            Os adultos sentados em cadeira de praia e de costas para a água, e as três crianças brincando com baldes, forminhas, água criando figuras que desmanchavam a fim de criar outras diferentes. As meninas de tempos em tempos solicitavam a atenção dos pais, enquanto tudo corria tranqüilo.
            O casal amigo resolveu ir mais cedo e deixou sua filha com o casal e as duas filhas. Eles pretendiam passar em uma colônia de férias onde se realizava uma festividade de final de ano onde se encontrava o filho mais velho do casal que acabara de ser admitido no primeiro emprego. Esta colônia de férias ficava à margem de um arroio antes da chegada ao lago.
             As meninas seguiram brincando até que a mãe das duas virou-se e atrás de si encontrou apenas uma das filhas e a amiguinha. A menor havia sumido de suas vistas. Desespero geral. O pai saiu a caminhar a procura da pequena. Os avós assustados imaginando se a menina teria ido para a beira do lago e se afogado. A mãe desatinada começou a gritar chamando o nome da filha. Não demorou e ela enxergou as perninhas cambaleantes na areia que vinha em sua direção, com um biquíni azul estampado de florzinhas, os cabelinhos loiros presos em duas chiquinhas e na mão o balde com areia. A mãe e o pai correram e se ajoelharam assustados abraçados à menina que não entendia o porquê das lágrimas da mãe e da aflição do pai.
                 Acalmados os ânimos permaneceram ali por mais tempo. Mais tarde, os avós se dirigiram à sua casa e eles foram para seu apartamento. Quando chegaram ao apartamento dos amigos para deixar a menina que ficara com eles, uma pessoa do edifício adiantou-se e pediu que não subissem com a criança por não ser aconselhável face ao estado em que seus pais de encontravam. Confusos sem saber o que estava acontecendo, ouviram estarrecidos a notícia que os pais haviam encontrado o filho afogado no arroio quando lá chegaram para ver como estava decorrendo o evento.
                    Foi um acontecimento horrível que aquela família jamais esqueceu.
                                                      ISABEL  C S VARGAS
                                                       Pelotas/RS/Brasil
                                                        31.O8.2O15


             




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