sábado, 7 de março de 2015

TEXTO 9O/ 2O15 MEU PRIMEIRO AMOR

                 Será que o primeiro amor é inesquecível ou só quando ele não se torna real?
Pode parecer tolice, mas meu primeiro amor se manifestou lá ela volta de meu treze anos. Ele era meu vizinho. Morávamos na mesma rua e ele namorava uma amiga, mais velha que morava na mesma rua de minha avó. Nós éramos amigas também. Tínhamos uma turma de amigos da mesma rua que se reunia à tardinha, quase diariamente, para ouvir os meninos tocarem violão, conversarmos ou, então, só as meninas se reuniam para ouvir música na casa de uma delas.
Os anos passavam e eles continuavam namorando. Creio que isso durou quase uns cinco anos. E eu apaixonada por ele. Sonhava que um dia ele terminasse com ela e eu tivesse alguma chance. Só que da parte dele só existia amizade por mim. Não sei se meus sentimentos se tornaram claros para ele na ocasião que lhe dei um presente. Eu tinha um coração de ouro tipo relicário e com um rubi de enfeite. Algo puramente feminino. No aniversário dele eu o dei de presente. Em casa justifiquei que havia perdido.
                Nunca falamos de sentimentos.
             O tempo passou e aquele sentimento ficou no passado como algo bonito, intocável. Ele rompeu com ela e casou-se com outra Eu conheci meu marido aos dezenove anos. Casamos anos mais tarde.
              Fomos colegas de instituição de trabalho (ele, meu marido e eu) e ainda nos encontramos eventualmente em locais de frequência comum onde nos cumprimentamos com cortesia e amizade. Somos dois avós que viveram uma vida feliz e profícua e com netos que encantam qualquer conversa. Um detalhe importante é que ele é uma pessoa de muito bom humor e parece mais jovem, pois até hoje tem a música com hobby ou atividade lúdica e isso torna as pessoas mais alegres, mais leves.

                                       Isabel C S Vargas
                                       Pelotas/RS/Brasil

                                        O6.O3.2O15

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