terça-feira, 10 de março de 2015

TEXTO 2O15/91 VALORIZAÇÃO DO POVO CIGANO

             A ONU instituiu o dia oito de abril como Dia Internacional dos Ciganos em 1971.
            Muito louvável esta iniciativa no sentido de alertar a comunidade internacional sobre a inclusão deste povo tão lindo e ao mesmo tempo discriminado mundo afora desde séculos atrás.
              O povo cigano não tem fronteiras. O espírito de nação eles tem muito internalizado reconhecendo-se como tal em qualquer parte do mundo. A liberdade é seu lema. Orgulham-se de suas origens, costumes, trajes, de sua música que canta sua alma libertária, seus amores, seu orgulho, suas lutas, sua peregrinação mundo afora.
           Suponho que tal data é comemorada entre eles como momento de exaltação de seu orgulho cigano, o que é muito justo. Acredito, entretanto, que são necessárias mais políticas de inclusão internacional para que não se sintam tão excluídos em meio a outras sociedades ocidentais e orientais.
             No Brasil que despertou para os Direitos Humanos e que possue um Plano Nacional de Direitos Humanos acredito que haja contemplação dos mesmos assim como negros cuja política é mais inclusiva, índios, portadores de necessidades especiais.
            Os ciganos têm uma linda cultura e, em virtude disto, acredito que deveria haver através de órgãos governamentais relacionados à cultura, MEC, FUNARTE, secretarias de políticas sócias eventos que promovessem a cultura cigana com apresentações artísticas, festivais de danças, exposições de objetos característicos, de trajes, de arte cigana ou de fotografias retratando a vida dos mesmos,
            Creio que a instituição de um dia específico como data comemorativa é algo positivo, mas não deve ficar como fato isolado. A mobilização do próprio povo em grande escala até com apresentações na rua seriam bem vindas para divulgação de sua arte. Talvez houvesse mais conhecimento das pessoas sobre tudo isso e passassem a valorizá-los mais.
                Nestes quarenta e quatro anos desde a instituição desta data comemorativa muito pouco foi feito em honra deste povo, embora esteja discorrendo sem um conhecimento específico, apenas por conclusões pessoais. Imagine-se quão belo seria se a arte cinematográfica se dedicasse a colocar nas telas grandes histórias com teor cigano, mais músicas ciganas nos filmes que fossem propícios a isto, documentários.
             O próprio povo cigano deveria se mobilizar e entre seus membros haver incentivo para isso de acordo com as aptidões de cada um.

              
                                          Isabel C S Vargas
                                          Pelotas/RS/Brasil

                                           O9.O3.2O15

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