sábado, 21 de fevereiro de 2015

TEXTO 2O15/8O

Ao avistá-la acomodada no sofá acetinado
Meus olhos detiveram-se em seu rosto
De uma beleza clássica, ressaltada
Pelo cabelo puxado valorizando o rosto.

Sua postura não era altiva, mas acolhedora
Com os ombros inclinados em atitude pensativa.
Chamou minha atenção a exótica peça
Que a envolvia de modo elegante.

Ela era uma jóia rara revestia por outra.
O xale era um ornamento perfeito
No qual ela parecia aconchegada
Como se fossem braços a envolvê-la.

O contrate das cores valorizava sua pele
Destacava suas pernas bem torneadas
Seus olhos não me viam à sua frente
Eles estavam distantes e doces.

Enquanto eu a olhava extasiado
Ela relembraria que momentos?
O que o xale representava em sua vida
Além de simples acessório a enfeitá-la?

Fiquei ali a admirá-la por instantes
Sem conseguir que ela me notasse
Imersa, talvez nas lembranças
De alguém que a presenteara outrora.

Ali permaneci absorto alguns instantes
Como se quisesse entrar em seus pensamentos.
Admirando a cena que parecia uma pintura
Tal o seu distanciamento da realidade.

Ao observar uma obra de arte- o que ela era,
Impossível defini-la ou dela apropriar-se,
Cada um tem sentimento peculiar
O meu era de profundo encantamento.


                                                                 Isabel C S Vargas
                                                                 Pelotas/RS/ Brasil
                                                                      21.O2.2O15




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