sábado, 21 de fevereiro de 2015

PUBLICAÇÃO PEAPAZ / LITERATURA MINIMALISTA

Ela o adorava. Era seu padrinho de batismo. Uma pessoa carinhosa e a amava como uma filha. Não tinha filha mulher. Tinha dois meninos de mais idade. A vida inteira ele se dedicou a ela como filha legítima. As férias escolares ela passava na casa deles. Passeava, viajava, andava sempre junto com o casal. Nos seus quinze anos recebeu dele um relógio que era uma jóia, em sua formatura, ele a acompanhou. Sempre muito ligados como pai e filha. Em uma época adoeceu e ficou muito tempo acamado. Quando estava à morte, seus filhos vieram de outra cidade a chamado médico. Passou vários dias hospitalizado e só deu seu último suspiro depois que a afilhada chegou e foi vê-lo. Até hoje, só ela visita seu túmulo.
                                                                Isabel C S Vargas
                                                                Pelotas/RS/Brasil

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