segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

MEMÓRIAS PROSAICAS Nª 1


               Meus pais conheceram-se na vizinhança de suas moradias. Era só minha mãe atravessar a rua e caminhar alguns poucos passos que se encontrava a casa de meu avô paterno.
              Ambas as famílias eram muito rígidas. Meus pais namoraram e casaram depois de alguns anos de namoro.  Casaram-se em 27 de fevereiro de 1951. Como ambos não tinham condições de viajar passaram a noite de núpcias no hotel mais central da cidade. Uma bela edificação bem na praça central.
              Passado alguns poucos meses minha mãe percebeu a gravidez. Para sua
preocupação nasci em 26 de novembro daquele ano. Durante anos, ela viu-se dando explicações para pai, mãe, tias que não tinha tido nenhum relacionamento antes do casamento pelo fato de eu ter nascido um dia antes de completar os nove meses.     
Não esqueçamos que sou de uma geração que se falava em cegonha. Contava que era a cegonha que trazia os bebês.
 Coisas do século passado e que eram passíveis de tornar uma “moça de família” mal falada na comunidade.
                    Meus pais foram morar após o casamento na casa de minha avó materna, posteriormente na mesma quadra, na calçada em frente, bem na esquina. Tenho algumas recordações desta época, pois foi nesta casa que nasceu em 1955 meu irmão do meio.
                   Resumindo, meu nascimento foi um tanto embaraçoso para minha mãe.

                    Para minha tia, irmã mais velha de minha mãe eu fui uma festa, pois ela só tinha filhos homens, motivo pelo qual ela me batizou e sempre foi uma pessoa muito próxima que me amou muito e a quem eu também amei com intensidade.  
                   
                                                 ISABEL C S VARGAS                     
                                                      BRASIL
                                                      

Nenhum comentário:

Postar um comentário